compaixão

Papa Francisco condena perseguição contra muçulmanos

O papa Francisco fez neste domingo (27), seu tradicional sermão na Praça de São Pedro. Ele condenou a perseguição da minoria muçulmana Rohingya, em Myanmar, sul da Ásia. Também disse que reza para que eles tenham “direitos completos”, aproveitando para pedir que os fiéis também rezem para que eles recebam ajuda

O papa Francisco fez neste domingo (27), seu tradicional sermão na Praça de São Pedro. Ele condenou a perseguição da minoria muçulmana Rohingya, em Myanmar, sul da Ásia. Também disse que reza para que eles tenham “direitos completos”, aproveitando para pedir que os fiéis também rezem para que eles recebam ajuda.

Myanmar vive um violento conflito interno e milhares de membros da etnia Rohingya tentam fugir para Bangladesh, país vizinho de maioria islâmica. Na semana passada, um grupo de militantes Rohingya atacou policiais e postos da fronteira. Oitenta e nove deles foram mortos pela polícia.

“Tristes notícias chegaram sobre a perseguição da minoria religiosa dos nossos irmãos rohingyas”, comentou Francisco durante o Angelus do domingo. Myanmar é majoritariamente budista e vem testemunhado seguidas denúncias de monges que consideram os muçulmanos como uma ameaça.

“Gostaria de mostrar toda minha compaixão para com eles… É gente boa, gente pacífica. Não são cristãos, são bons, são irmãos e irmãs nossos! Há anos sofrem. Foram torturados, mortos, simplesmente porque levam em frente as suas tradições, a sua fé muçulmana”, asseverou o pontífice.

Um bispo de Myanmar disse recentemente que é “muito provável” que o Papa visite o país, mas o Vaticano não confirma, embora avise que haja essa possibilidade.

Não causa estranheza que Francisco chame islâmicos de “irmãos” embora alguns líderes católicos já o tenham criticado por isso. A rapidez com que o papa se manifestou sobre os conflitos em Myanmar, ocorridos há poucos dias, contrasta com o longo tempo que ele demorou para denunciar as perseguições a cristãos pelo Estado Islâmico no Oriente Médio nos últimos anos.

Após ser ameaçado pelo EI na quinta-feira (24), ele preferiu manter-se em silêncio sobre o tema. Com informações de Radio Vaticana

Fonte: Gospel Prime