O Papa Francisco definiu os prazeres da culinária e do sexo como algo “simplesmente divino”. As declarações foram dadas ao escritor e gourmet italiano Carlo Petrini e fazem parte de um livro dele, publicado nesta quarta-feira (9), na Itália.
“A Igreja condenou os prazeres desumanos, grosseiros, vulgares, mas por outro lado sempre aceitou os prazeres humanos, sóbrios, morais”, avaliou Francisco, ao ser questionado sobre o tema.
“O prazer vem diretamente de Deus, não é católico, nem cristão, nem nada parecido, é simplesmente divino”, destacou o papa. “O prazer de comer serve para manter uma boa saúde, da mesma forma que o prazer sexual serve para embelezar o amor e garantir a continuidade da espécie”, completou.
Na entrevista, o papa se opõe categoricamente a uma “moralidade abençoada” que rejeita a noção de prazer porque “é uma interpretação errônea da mensagem cristã”. Para Francisco, a adoção deste conceito ao longo de parte significativa da história da Igreja Católica “causou enormes danos, que ainda são perceptíveis” até hoje.
O papa também fala de sua admiração pelo filme “A Festa de Babette”, um história que homenageia a gastronomia e se passa em uma comunidade protestante dinamarquesa ultrapuritana do século XIX. “Para mim é um hino à caridade cristã, ao amor”, diz.
Fonte: Fórum
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