O papa Francisco disse em uma reunião a portas fechadas com bispos italianos que os seminários já estão “cheios de viadagem”, e que homens gays não podem ter permissão para se tornar padres, de acordo com reportagens da imprensa italiana publicadas nesta segunda-feira (27).
Os dois principais jornais do país, o La Repubblica e o Corriere della Sera, disseram que o papa usou o termo considerado homofóbico frociaggine, no original em italiano, em conversa com membros da Conferência Episcopal Italiana, entidade equivalente à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Vaticano não se pronunciou sobre o caso, que teria acontecido no último dia 20.
Os bispos que foram ouvidos pelo Corriere della Sera disseram que estava claro que o pontífice “não tinha consciência” do quão ofensiva a palavra é em italiano, que não é a língua materna de Francisco. Disseram ainda que “a gafe do papa foi evidente” aos presentes.
A medida mais significativa veio em dezembro do ano passado, quando o pontífice e autorizou a bênção a casais do mesmo sexo e àqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio. Francisco, entretanto, manteve o veto ao casamento homoafetivo.