
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/C/F/rh9g9mSE6cCL6ABWX1rg/2017-07-24t131040z-1444083909-rc1b86d2ed10-rtrmadp-3-britain-baby.jpg)
Pais do bebê Charlie Gard chegam ao tribunal em Londres (Foto: REUTERS/Peter Nicholls)
Os pais do bebê britânico Charlie Gard vão discutir com o Great Ormond Street Hospital como e quando as máquinas que mantêm a criança viva serão desligadas.
Nesta segunda-feira (24), o casal Chris Gard e Connie Yates retiraram seu apelo às autoridades judiciais britânicas para que o bebê fosse mantido vivo com a ajuda de aparelhos e para que sua transferência aos EUA – onde ele seria submetido a um tratamento experimental – fosse autorizada.
O bebê sofre de miopatia mitocondrial, uma síndrome genética raríssima e incurável que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais. Há poucas perspectivas de tratamento para a enfermidade.
Falando na Suprema Corte, o advogado da família, Grant Armstrong, afirmou que os exames mostram que o dano sofrido pela criança é irreversível. “Para Charlie, é muito tarde, o tempo acabou. Ele sofreu danos musculares irreversíveis, e o tratamento não pode mais ser bem-sucedido.”
“Charlie esperou pacientemente pelo tratamento. Por causa do atraso, essa janela de oportunidade foi perdida”, criticou. A mãe do bebê disse que ele poderia ter tido uma vida normal, caso o tratamento tivesse sido autorizado antes.
“Nós decidimos deixá-lo ir. Ele tinha uma chance real de melhorar. Agora, nós nunca saberemos o que aconteceria se ele fosse tratado”, disse Connie Yates na saída do julgamento.
O julgamento desta segunda reuniu manifestantes em Londres, com balões e cartazes de apoio à família de Charlie.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/G/U/8A8lBiTp6JXfwlgBodRA/2017-07-24t134558z-1784618047-rc18334b03c0-rtrmadp-3-britain-baby.jpg)
Manifestantes seguram cartaz com os dizeres ‘Nunca pare de lutar até que a luta esteja acabada’ em frente a tribunal em Londres (Foto: REUTERS/Peter Nicholls)
O caso de Charlie atraiu atenção internacional depois que a Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) apoiou a decisão de instâncias inferiores no Reino Unido e determinou que os aparelhos que mantêm Charlie vivo deveriam ser desligados, mesmo contra a vontade de seus pais.
O Papa Francisco fez apelos sobre o caso, e o presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a afirmar que os EUA ficariam felizes em ajudar Charlie e sua família. Na semana passada, um comitê do Congresso americano chegou a aprovar uma emenda para conceder o status de residente permanente para a criança e sua família, para que ela pudesse receber o tratamento no país.
Um hospital infantil ligado ao Vaticano também se manifestou, dizendo que estava em contato com a família para transferir o bebê para a Itália.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/3/N/aKRiuHQo2VAVrf4dvr2w/britain-sick-baby-fran.jpg)
A síndrome rara de Charlie Gard impede que ele se mova (Foto: Family of Charlie Gard via AP)
Créditos: G1