Os pais do bebê britânico em estado terminal Charlie Gard acusaram nesta terça-feira, 25, o hospital de Londres onde a criança é tratada de criar obstáculos para que ele não possa morrer em casa. Os representantes do hospital Great Ormond Street disseram, no entanto, disseram que a instituição está disposta a atender o desejo da família, “se ela for possível”.
O bebê de 11 meses sofre de uma condição genética extremamente rara que causa o enfraquecimento progressivo de seus músculos e danos cerebrais, e a longa batalha de seus pais para salvá-lo conquistou uma onda de empatia internacional.
“Estamos enfrentando dificuldades (impostas) pelo hospital que atrapalham os planos dos pais de terem um curto período de tempo (em casa) antes do ato final da curta vida de Charlie”, disse o advogado da família, Grant Armstrong, à Suprema Corte, onde foi parar a disputa entre a família e o hospital sobre as condições em que os aparelhos que mantém a criança viva serão desligados.
Minutos depois, a advogada representando a instituição disse que o casal rejeitou uma oferta de mediação para a questão, mas que o hospital estava disposto a cumprir o desejo de Chris Gard e Connie Yates “se fosse possível”.
Na segunda-feira, o casal anunciou que abandonaria a luta legal para permitir um tratamento experimental em Charlie, dizendo que a condição do bebê havia se deteriorado demais para qualquer possível recuperação – eles desejavam transferi-lo para os EUA para tentar um tratamento experimental.
Fonte: Estadão