Aeronave caiu com 189 pessoas a bordo sem deixar sobreviventes. Mergulhador saiu inconsciente de uma imersão e morreu ao ser internado em um hospital de Jacarta.
As autoridades da Indonésia confirmaram neste sábado (3) a morte de um dos mergulhadores que procuram a outra caixa-preta e o avião da Lion Air, que caiu na segunda-feira (29) no mar de Java.
A vítima foi identificada como Syahrul Anto, membro da Equipe de Mergulhadores de Resgate da Indonésia.
O diretor da Agência Nacional de Busca e Resgate, Muhammad Syaugi, afirmou que o mergulhador saiu inconsciente de uma imersão e morreu ao ser internado no Hospital Regional Koja, em Jacarta.
Queda de avião na Indonésia — Foto: Infografia: Igor Estrella/G1
Uma das caixas pretas foi encontrada na última quinta-feira(01)
Equipamento foi encontrado após equipe seguir sinal nas águas do cabo Karawang, perto de Jacarta, onde caiu a aeronave.
As autoridades da Indonésia encontraram, nesta quinta-feira (1º), uma caixa-preta do avião da companhia aérea Lion Air, que caiu segunda-feira (29) no mar de Java com 189 a bordo, anunciou o Comitê Nacional de Segurança dos Transportes. Ninguém sobreviveu ao acidente.
As equipes de busca e resgate retiraram a caixa do mar depois de detectar um sinal consistente no dia anterior nas águas do cabo Karawang, perto de Jacarta, onde caiu a aeronave.
“Encontramos uma das caixas-pretas. Não sabemos se é a FDR (que registra os parâmetros de voo) ou a CVR (que registra os sons dentro da cabine”, afirmou o diretor do Comitê, Soerjanto Tjahjono.
Para recuperar as caixas-pretas, que podem ser cruciais para determinar a causa do acidente, as autoridades mobilizaram quase mil pessoas, incluindo dezenas de mergulhadores, além de helicópteros e barcos.
Tjahjono disse que o resultado da investigação completa poderia demorar até seis meses, embora o comitê tenha a intenção de publicar um relatório preliminar em um mês.
Autoridades mostram caixa preta do avião da Lion Air, recuperada no Mar de Java — Foto: Pradita Utama / AFP
Partes da fuselagem da aeronave também foram encontradas. Por enquanto, as equipes de buscas retiraram 56 sacos com restos mortais de pelo menos dez pessoas, segundo os últimos dados da Agência Nacional de Busca e Resgate da República da Indonésia (Basarnas).
O material precisa passar por testes de DNA para que a identificação seja possível. Os serviços de socorro têm a difícil tarefa de separar restos humanos dos fragmentos do avião.
Poucos minutos antes, os pilotos haviam solicitado ao controle de tráfego aéreo permissão para retornar a Jacarta, cidade de origem do voo.
Indonésia estende buscas por vítimas e segunda caixa-preta de acidente Boeing
As autoridades da Indonésia estenderam neste domingo (4) em três dias as buscas pelas vítimas e a segunda caixa-preta dos destroços de um jato de passageiros que caiu na semana passada, matando todas as 189 pessoas a bordo.
“Decidimos estender em três dias” começando na segunda-feira, disse o chefe da agência de busca e resgate (Basarnas) Muhammad Syaugi em coletiva de imprensa.
A decisão foi baseada em uma avaliação e observações do local do acidente, disse ele aos jornalistas, acrescentando que os restos mortais de muitas vítimas ainda não foram recuperados.
Até este domingo, um total de 105 sacos para corpos, poucos com restos intactos, haviam sido recuperados e entregues à polícia para identificação forense, ainda que apenas sete vítimas tenham sido identificadas.
“Eu tenho certeza de que esse total irá aumentar”, disse Syaugi.
A agência está priorizando a recuperação de restos humanos e do gravador de voz da cabine de pilotagem (CVR, na sigla em inglês), a segunda caixa-preta do quase novo Boeing 737 MAX que caiu no mar na segunda-feira, 13 minutos depois de decolar de Jacarta.
Mergulhadores têm aprimorado os sinais de ping em sua busca pela segunda caixa-preta, enquanto investigadores tentam obter dados do parcialmente danificado gravador de dados de vôo recuperado na quinta-feira.
“O sinal captado pelo localizador ping foi acompanhado por mergulhadores confiáveis”, disse Syaugi, “mas eles não o encontraram ainda.”
Acredita-se que o dispositivo esteja a cerca de 50 metros da principal área de buscas, onde a água tem apenas 30 metros de profundidade, mas as correntes do oceano e lama no fundo do mar com mais de um metro de profundidade têm complicado os esforços de busca, disse Syaugi.
O piloto do vôo JT610 pediu, e recebeu, permissão para voltar à Jacarta, mas o que aconteceu de errado continua um mistério.
A Indonésia é um dos mercados de aviação de mais rápido crescimento no mundo, mas seu histórico de segurança tem sido irregular. O painel de segurança de transporte do país investigou 137 sérios acidentes aéreos de 2012 a 2017.
“Ainda há muito que precisamos melhorar”, disse diretor-geral de Transporte Aéreo,Pramintohadi Sukarno, em coletiva de imprensa no sábado, referindo-se às regras de segurança.
Fonte: G1
Créditos: G1