O bebê britânico Charlie Gard, de 11 meses, que estava em estado terminal em razão de uma rara doença congênita, morreu nesta sexta-feira, 28, após ter os aparelhos que o mantinham vivo desligados.
“Nosso pequeno lindo filho se foi. Estamos muito orgulhosos de você Charlie”, disse Connie Yates, mãe da criança. Pouco antes, os pais se preparavam para passar os últimos momentos ao lado do filho.
Charlie havia sido transferido do hospital Great Ormond Street, em Londres, para uma unidade de cuidados paliativos. “O hospital rejeitou nosso último desejo”, disse Connie depois de o Tribunal Superior de Justiça rejeitar estender o prazo para o desligamento da assistência respiratória do bebê.
“Queríamos somente estar em paz com nosso filho, sem hospital, sem advogado, sem imprensa. Apenas um momento privilegiado com Charlie, longe de todo o resto, para dizermos adeus com o todo o amor possível”, declarou em um comunicado.
Os pais de Charlie queriam que ele passasse seus últimos dias em sua casa em um bairro do oeste de Londres, após perderem uma batalha legal para levá-lo aos EUA a fim de submetê-lo a um tratamento experimental.
O caso despertou a atenção do presidente americano, Donald Trump, e do papa Francisco. Mas o Great Ormond Street afirmou que transferir o bebê para sua casa para ele passar seus últimos dias não seria algo prático, e sugeriu que fosse levado para uma casa de repouso voltada para pacientes terminais.
O hospital afirmou nesta sexta-feira que os médicos “tentaram absolutamente tudo” para responder aos pedidos dos pais, mas ressaltou que correr “o risco de fazer com que Charlie termine seus dias de maneira imprevista e caótica é impensável para todos os envolvidos e deixaria os pais sem os últimos instantes com ele”.
Charlie Gard sofria de uma condição genética extremamente rara que causa o enfraquecimento progressivo de seus músculos e danos cerebrais. A longa batalha de seus pais para salvá-lo conquistou uma onda de empatia internacional.
Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO