Quase 7 mil pessoas, incluindo 6 mil passageiros, estão bloqueadas em um navio cruzeiro no porto italiano de Civitavecchia, perto de Roma, por casos suspeitos de coronavírus a bordo, anunciaram as autoridades de saúde locais.
— O ministério da Saúde nos alertou sobre possíveis casos e enviou três médicos a bordo para realizar os exames prévios — informou à AFP uma porta-voz do centro de saúde de Civitavecchia.
Os primeiros exames realizados na passageira, no entanto, teriam descartado que ela tenha contraído o coronavírus, segundo pessoas ligadas ao Ministério da Saúde italiano.
— Tudo parece indicar que os primeiros resultados de laboratório indicaro negativo. Aguardamos, no entanto, um laudo definitivo — adiantou à AFP uma fonte da pasta.
Especialistas do hospital Spallanzani, em Roma, referência em doenças infecciosas, explicaram que o resultado definitivo deve estar disponível em até 48 horas. Não se sabe se o casal chinês ficará isolado durante os próximos dois dias, nem se a embarcação permanecerá em Civitavecchia ao longo desse período.
O prefeito da cidade italiana, Ernesto Tedesco, solicitou aos passageiros que permaneçam a borto até lá:
— Tenho que proteger a saúde dos meus compatriotas.
A empresa italiana Costa Cruzeiros, responsável pela viagem, confirmou que 6 mil passageiros estão a bordo e as demais pessoas são integrantes da tripulação.
Ao mesmo tempo, a Rússia anunciou nesta quinta-feira (30) o fechamento dos 4.250 km de fronteira com a China em uma tentativa de evitar a propagação do coronavírus.
O número de casos suspeitos na China já chega a quase 8 mil, com pelo menos 170 mortes. Outros 17 países têm casos suspeitos, 9 deles no Brasil.
Temores envolvendo o gigantesco custo humanitário e econômico do coronavírus, especialmente sobre a China, voltam a elevar os riscos nos mercados financeiros: as bolsas caem em todo o mundo e o dólar sobe.
Fonte: De O Globo
Créditos: De O Globo