Um avião da Companhia Cubana de Aviação, um Boeing 737, com 104 passageiros e 9 tripulantes, caiu nesta sexta-feira, 18, pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí, na capital Havana. Segundo o presidente Miguel Díaz-Canel, há um “alto número de vítimas”. Já de acordo com a emissora estatal CubaTV, mais de 100 pessoas morreram. A imprensa oficial fala em ao menos três sobreviventes. De acordo com o jornal oficial Granma, havia ao menos quatro crianças no avião, uma de apenas 2 anos. Ainda segundo o jornal, “três passageiros conseguiram sobreviver ao acidente”. “Encontram-se em estado crítico, já internados”, disse. O periódico informou ainda que havia cinco tripulantes mexicanos na aeronave.
Segundo jornalistas da agência France-Presse, o avião está destruído e em chamas em um setor perto do aeroporto localizado perto de um campo de cultivo. Uma grossa coluna de fumaça era vista perto do aeroporto.
“O avião (virou) um monte de ferros e outros materiais carbonizados. Caiu sobre um plantio de batata-doce, a 200 metros das primeiras edificações. Caminhões-tanque apagaram o fogo. Cerca de 20 ambulâncias se moveram para o local”, explicou um repórter da agência.
De acordo com informações prévias da televisão estatal cubana, “a aeronave caiu entre Boyeros e Santiago de Las Vegas (dentro da cidade). Com tripulação estrangeira, a aeronave se dirigia de Havana a Holguín (leste)” e decolou da capital cubana às 12h08 local (13h08 de Brasília).
A diretora do Transporte Aéreo, Mercedes Vázquez, detalhou que a empresa que alugou o avião da Cubana denomina-se Damojh – de procedência mexicana -, segundo o portal oficial Cubadebate.
O setor está isolado pela polícia. Policiais uniformizados e à paisana impedem o acesso.
Acidentes
O último acidente aéreo na ilha havia ocorrido em 29 de abril de 2017, quando um avião de transporte das Forças Armadas caiu com oito militares a bordo. O AN-26, de fabricação russa, bateu em uma montanha baixa, 90 Km a oeste de Havana.
Um avião da companhia aérea cubana Aerocaribbean caiu em 4 de novembro de 2010, com 68 pessoas a bordo, sendo 28 estrangeiros, quando fazia a rota entre Santiago de Cuba (leste) e Havana. Não houve sobreviventes. /AFP, Ansa e Reuters
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão