A cidade de Londres não registrou nenhuma morte em decorrência da covid-19 em um período de 24 horas pela primeira vez em seis meses. Os dados são referentes a ontem e é a primeira vez desde setembro que a capital da Inglaterra não registra óbitos causados pelo novo coronavírus.
Segundo o jornal britânico The Independent, no auge da primeira onda da pandemia, em abril do ano passado, Londres registrou cerca de 230 mortes relacionadas ao coronavírus por dia. Desde o início da pandemia, cerca de 18 mil pessoas que morreram em hospitais da capital tinham a covid-19 listada em seus atestados de óbito.
A boa notícia chega no momento em que a Inglaterra caminha para flexibilizar seu confinamento. Hoje os ingleses recuperaram uma liberdade limitada, que permite encontros em pequenos grupos a céu aberto e a prática de esportes ao ar livre.
Por enfrentar uma variante muito mais contagiosa do coronavírus detectada no sul da Inglaterra no fim de 2020, Londres fechou os estabelecimentos comerciais não essenciais em 20 de dezembro — restaurantes, cinemas, teatros, museus já estavam fechados — e decidiu não reabrir as escolas após o recesso de Natal, com a ordem para que a população ficasse “em casa”.
Graças a uma redução drástica no número de contágios diários (3.862 ontem) e a uma campanha de vacinação de sucesso, que já administrou a primeira dose em 30 milhões de pessoas (60% dos adultos do país), o terceiro confinamento nacional começou a ser flexibilizado de maneira lenta em 8 de março, com o retorno dos alunos às salas de aula e a autorização para encontrar uma única pessoa do lado de fora da casa.
O progressivo desconfinamento, que deve continuar até o fim de junho, entrou em uma nova fase hoje com a autorização para organizar reuniões de até seis pessoas em locais abertos como parques, ou jardins particulares, e a reabertura de áreas de golfe, tênis e piscinas descobertas, apesar da baixa temperatura da água.
Apesar da pequena flexibilização, prevista em um plano detalhado anunciado pelo primeiro-ministro Boris Johnson em fevereiro, o governo mantém o apelo de prudência. Apesar dos “últimos meses muito difíceis” e do desejo “impaciente” de encontrar os familiares no feriado da Páscoa, o ministro da Saúde, Matt Hancock, pediu aos britânicos que sejam prudentes para “proteger os progressos alcançados com a vacina”.
O Reino Unido é o país mais afetado da Europa pela pandemia. Até agora, são mais de 126.500 mortes confirmadas por covid-19.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba