As Forças de Defesa do Estado de Israel emitiram um comunicado neste sábado (13) cancelando aulas e restringindo reuniões nos próximos dois dias, As forças armadas do país também estão em alerta total devido a um possível ataque do Irã.
O que aconteceu
Ao anunciar as medidas, o principal porta-voz militar de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, disse que dezenas de aviões de combate estavam no ar como parte do estado de prontidão.
A medida ocorre em meio a um aumento da tensão com o Irã, que interceptou neste sábado (13) um navio vinculado a Israel.
Na quarta (10), o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel “será punido”. E o movimento libanês Hezbollah, apoiado pelos iranianos, anunciou que o disparo de “dezenas de foguetes” contra posições israelenses nesta sexta fez parte de uma resposta aos ataques de Tel Aviv no sul do Líbano.
Para os governos israelense e americano, o risco de uma escalada regional da guerra em Gaza aumentou nos últimos dias. A Casa Branca afirmou que as ameaças de um ataque do Irã contra Israel são “críveis” e “reais”. Pouco depois, os EUA anunciaram o envio de reforços ao Oriente Médio.
Navio interceptado
Neste sábado, as forças marítimas da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico do Irã, interceptaram um navio cargueiro português, que a agência oficial iraniana afirmou ser operado por uma empresa “pertencente ao capitalista sionista Eyal Ofer”.
Vários comandos abordaram o navio MSC Aries a partir de um helicóptero quando este estava perto do Estreito de Ormuz, com 25 tripulantes a bordo.
Israel alertou que o Irã, seu arqui-inimigo, “sofrerá as consequências” de qualquer escalada. “Estamos prontos para reagir”, disse o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari.
A interceptação do navio ocorreu em um contexto de tensões crescentes no Oriente Médio, tendo como pano de fundo a guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas, no poder na Faixa de Gaza, desencadeada por uma incursão sangrenta de comandos islamistas no sul de Israel em 7 de outubro.
As tensões aumentaram ainda mais com o bombardeio do consulado iraniano em Damasco, em 1º de abril. Teerã, que perdeu dois dos seus generais no ataque, culpou Israel e avisou que não ficaria impune.
UOL