retaliação

Irã anuncia retaliações por novas sanções dos EUA contra programa de mísseis balísticos

Governo americano anunciou sanções contra 18 indivíduos e entidades iranianas, um dia após ter certificado perante o Congresso que Teerã segue cumprindo as condições do pacto

FILE - In this July 17, 2017 file photo, President Donald Trump speaks at the White House in Washington. President Donald Trump blasted congressional Democrats and "a few Republicans" Tuesday, July 18, 2017, over the failure of the GOP effort to rewrite the Obama health care law, and warned, "we will return." (AP Photo/Alex Brandon, File)
FILE - In this July 17, 2017 file photo, President Donald Trump speaks at the White House in Washington. President Donald Trump blasted congressional Democrats and "a few Republicans" Tuesday, July 18, 2017, over the failure of the GOP effort to rewrite the Obama health care law, and warned, "we will return." (AP Photo/Alex Brandon, File)

TEERÃ – O Irã aplicará medidas de retaliação frente às sanções anunciadas pelos EUA contra pessoas envolvidas nos programas de mísseis balísticos do governo de Teerã, anunciou nesta terça-feira, 18, a agência de notícias oficial Irna.

“O Ministério das Relações Exteriores, ao condenar a decisão americana infundada de impor sanções ilegais contra outras pessoas (envolvidas no programa de mísseis iraniano), irá punir novos indivíduos e entidades americanas que agiram contra o povo iraniano e outros povos muçulmanos”, afirmou Teerã em um comunicado.

Pouco antes, o governo dos EUA havia anunciado sanções contra 18 indivíduos e entidades iranianas, um dia após ter certificado perante o Congresso que o Irã segue cumprindo as condições do pacto que assinou com seis potências em 2015 para limitar seu programa nuclear.

Os Departamentos do Tesouro e de Estado foram os responsáveis por informar sobre as novas sanções, relacionadas ao programa de mísseis balísticos do Irã, ao apoio militar à Guarda Revolucionária e à vinculação com uma organização criminosa transnacional.

Na segunda-feira, o governo Trump admitiu que Teerã “cumpre as condições” do texto. Desde que o pacto entrou em vigor, no dia 16 de janeiro de 2016, o Executivo americano deve “certificá-lo” a cada 90 dias no Congresso, ou seja, confirmar que Teerã respeita os termos estabelecidos. Na véspera, venceu mais um prazo imposto pelo Congresso ao Executivo para informar se o Irã deteve seu programa de armas nucleares.

O texto foi firmado no dia 14 de julho de 2015, em Viena, pelo Irã e pelas principais potências mundiais (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha). O acordo foi visto em Washington como uma forma de evitar uma ação militar para impedir que o Irã obtivesse armas nucleares.

Não aliviou, porém, as tensões entre Teerã e Washington. Ambos continuam em lados opostos em conflitos no Oriente Médio, como na Síria e no Iêmen. Durante a campanha eleitoral, Trump denunciou o pacto nuclear e prometeu renegociá-lo, sendo mais duro com o Irã.

Fonte: Estadão