A Rússia continuará a sua ofensiva na Ucrânia até alcançar os seus objetivos, anunciou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
“As Forças Armadas russas continuarão a operação militar especial até que sejam cumpridos os objetivos fixados”, afirmou Shoigu em uma entrevista coletiva.
O ministro mais uma vez disse que a Rússia busca a “desmilitarização” e a “desnazificação” da Ucrânia, assim como proteger a Rússia da “ameaça militar criada pelos países ocidentais”. Todas estas metas já foram declaradas antes.
Por desnazificação, é incerto ao que o ministro se refere. O governo russo tem falsamente acusado a liderança ucraniana de ser comandada por neonazistas desde o começo da ofensiva, mas também há grupos paramilitares de extrema direita em operação na Ucrânia.
As declarações aconteceram em um momento de acirramento do conflito, em que a Rússia começa a adotar táticas mais brutais e destrutivas . Há sinais de que, após encontrarem uma resistência mais dura do que esperavam, as forças russas deixam de lado a abordagem de ataques cirúrgicos contra alvos estratégicos que marcou os primeiros dias para passar a usar a força bruta.
Após vários fracassos militares — como visto, por exemplo, na coluna de veículos russos Tigr fortemente blindados destruídos após tentarem entrar em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia —, autoridades dos EUA e nações aliadas esperam táticas agressivas mais indiscriminadas, com um uso de artilharia e bombardeios pesados. Isto acarretará num número de vítimas e numa destrutividade muito maiores.
Apesar do número de vítimas civis já estar aumentando, o ministro negou que as tropas russas tomem como alvos infraestruturas civis ou residenciais. Ele repetiu o discurso das autoridades de Moscou de que as forças ucranianas utilizam os civis como escudos.
Fonte: IG
Créditos: IG