Reuniões

Governo norte-americano teria negociado com rebeldes venezuelanos para derrubar Nicolás Maduro

O governo do presidente Donald Trump se reuniu secretamente com militares rebeldes venezuelanos de alta patente ao longo de 2017 para discutir a deposição do presidente Nicolás Maduro, revelaram funcionários americanos e um ex-comandante militar que participou das conversações.

O governo do presidente Donald Trump se reuniu secretamente com militares rebeldes venezuelanos de alta patente ao longo de 2017 para discutir a deposição do presidente Nicolás Maduro, revelaram funcionários americanos e um ex-comandante militar que participou das conversações.

Estabelecer um canal de diálogo clandestino com golpistas na Venezuela foi uma grande aposta para o governo americano, apesar de seu longo histórico de intervenções secretas na América Latina. Muitos países da região ainda se ressentem do fato de os EUA terem apoiado rebeliões e golpes em países como Cuba, Nicarágua, Brasil e Chile e ignorado os abusos cometidos pelos regimes militares durante a Guerra Fria.

A Casa Branca não quis comentar sobre as conversações, mas disse em um comunicado que era importante se engajar em um “diálogo com todos os venezuelanos que demonstram o desejo de democracia” para “levar uma mudança positiva a um país que tem sofrido muito sob o governo Maduro”.

No entanto, um dos comandantes militares envolvidos nas conversações secretas não era uma figura ideal para ajudar a restaurar a democracia: ele está na lista dos EUA de funcionários corruptos na Venezuela. Ele e outros membros do aparato de segurança da Venezuela têm sido acusados por Washington de uma série de graves crimes, incluindo tortura de críticos, prisão de centenas de opositores políticos, tráfico de drogas e colaboração com a ex-guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que é considerada uma organização terrorista pelos EUA.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão Conteúdo