A eleição presidencial nos Estados Unidos está marcada para o dia 3 de novembro, próxima terça-feira, porém 59,4 milhões de americanos já exerceram seu direito der votar. Diferente do Brasil, o voto não é obrigatório nos Estados Unidos e os eleitores podem escolher seu candidato antes da data oficial da eleição, inclusive enviando o voto pelo correio.
Segundo o Projeto Eleições, da Universidade da Flórida, 40 milhões votaram dessa forma e 19,4 milhões, presencialmente. Esse número equivale a 43,1% de todos os votos da eleição em 2016, quando o então candidato republicano, Donald Trump, derrotou a democrata Hillary Clinton.
Com o alto número de votos antecipados, especialistas preveem que o recorde de 150 milhões de votos, registrado em 1908, pode ser batido.
Texas, Califórnia e Flórida são os estados com maior número de votos antecipados até o momento, sendo 7,2 milhões, 6,5 milhões e 5,7 milhões, respectivamente. Os 7,2 milhões de votos antecipados no Texas já equivalem a 80% de todos os votos no estado na eleição de 2016.
Quem votou na Flórida neste final de semana foi o presidente dos EUA e candidato à reeleição, Donald Trump. O republicano votou na manhã de sábado (24) em uma biblioteca em West Palm Beach, na Flórida.
A votação antecipada no estado, considerado um dos mais importantes na eleição americana, começou há uma semana, em 19 de outubro. Também no sábado, Nova York registrou longas filas no primeiro dia de votação antecipada. Imagens de filas gigantescas foram registradas em diversos pontos e os eleitores esperaram horas para votar.
Sistema da eleição americana
A eleição presidencial nos EUA é definida pelo Colégio Eleitoral. Dessa forma, cada estado ganha um peso, de acordo com o tamanho de sua população, e não necessariamente ganha quem recebe mais votos.
São 538 delegados divididos pelos 50 estados e o distrito de Columbia (onde fica a capital, Washington). O pequeno Vermont, por exemplo, tem apenas três delegados, enquanto a Califórnia, o estado mais populoso, tem 55.
A votação estadual funciona da seguinte maneira: o candidato a presidente que vence em cada estado conquista o direito a todos os votos dos delegados, mesmo se a vitória for por uma margem pequena.
Assim, o candidato precisa de uma estratégia para vencer de estado em estado até chegar ao mínimo de 270 votos do Colégio Eleitoral e eleger-se presidente. Foi o que aconteceu em 2016: Trump teve menos votos que Hillary, mas conquistou 276 delegados e venceu a eleição.
Mesmo que o democrata Joe Biden apareça à frente de Trump em todas as pesquisas, é possível que o presidente americano consiga se reeleger mesmo perdendo novamente no total de votos nas urnas.
Estados pêndulo
Na eleição americana, alguns estados são tradicionalmente republicanos e outros onde os democratas predominam. É por isso que a disputa de verdade acontece nos “swing states” (estados pêndulo, em tradução livre), que variam entre os partidos a cada eleição.
Na eleição deste ano, Flórida e Pensilvânia são os principais e as equipes de Biden e Trump apostam na campanha nesses locais. Caso um dos candidatos vença em ambos os estados, ficará muito perto de chegar aos 270 votos no Colégio Eleitoral.
Estados decisivos
Além da Florida e da Pensilvânia, três estados têm um grande número de votos no Colégio Eleitoral e também merecem atenção: Carolina do Norte, Ohio e Wisconsin.
Esses estados mesclam eleitores de diferentes perfis. Enquanto moradores das cidades grandes costumam votar em candidatos democratas, habitantes das áreas rurais preferem republicanos. Assim, grupos específicos do eleitorado podem desequilibrar a corrida para um dos lados.
Em 2016, Trump venceu nos três estados, inclusive em Wisconsin, estado em que um republicano não conquistava a maioria dos eleitores desde a vitória de Ronald Reagan, em 1984.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba