Os Estados Unidos registraram na segunda-feira mais de um milhão de casos de Covid-19 pela primeira vez desde o início da pandemia, conforme dados da plataforma de monitoramento da Universidade Johns Hopkins. O total de 1.083.948 é quase o dobro do recorde anterior de cerca de 590 mil casos, estabelecido há apenas quatro dias, em meio à disseminação da variante Ômicron.
Segundo as autoridades de saúde, atualmente há 103 mil pessoas internadas devido à doença no país, o maior número em quatro meses. As hospitalizações ocorrem principalmente entre os não vacinados, diante dos obstáculos que o governo enfrenta para alavancar uma campanha de imunização há meses estagnada: apenas 62% dos americanos receberam as duas doses iniciais anti-Covid, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC).
De acordo com os dados mais recentes do CDC, até novembro, as taxas de internações eram oito vezes maiores para adultos não imunizados e cerca de dez vezes maiores para crianças com idades entre 12 e 17 anos que não tomaram as doses contra o coronavírus.
O número de pessoas infectadas pode ser ainda maior no país, onde os testes caseiros, cujos resultados não são enviados para as autoridades, tornam-se cada vez mais populares.
As mortes, por sua vez, não crescem na mesma proporção dos casos, em mais um indício de que a Ômicron causa quadro menos graves que cepas anteriores: os EUA registraram na segunda 1.688 vidas perdidas para a Covid, levando a média móvel para 1.236. Há um ano, quando o país registrava a média móvel de 250 mil casos diários, chegaram a morrer 3,4 mil americanos por dia.
Fonte: O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba