Os terroristas do Hamas não são os únicos que mantêm reféns na Faixa de Gaza. Segundo a própria organização extremista, um número não especificado de reféns israelenses está sendo detido por residentes civis no território palestino. Os sequestros ocorreram em 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque-surpresa no sul de Israel, que desencadeou a guerra.
Um dos líderes do grupo terrorista palestino, Abu Marzouk, afirmou que, depois que as linhas de defesa do Exército de Israel foram rompidas e a Divisão de Gaza do Exército caiu no dia do ataque, centenas de cidadãos e dezenas de combatentes de várias facções palestinas entraram em território israelense e capturaram dezenas de pessoas, em sua maioria civis.
Marzouk prosseguiu dizendo que o Hamas precisa de tempo para procurar os prisioneiros levados pelos residentes para “classificá-los e depois libertar os civis entre eles que não possuem nacionalidade israelense”.
Além desse grupo de reféns, 242 reféns estão sob custódia do Hamas, entre israelenses e estrangeiros. Até a noite deste domingo (5), apenas quatro prisioneiras haviam sido libertadas, duas americanas e duas israelenses. Segundo militares de Israel, uma quinta pessoa, a militar Ori Megidish, foi resgatada em 30 de outubro durante um ataque terrestre dentro de Gaza.
O diplomata de alto escalão do Catar Mohammed Al-Khulaifi afirmou em entrevista à emissora de TV britânica Sky News que todos os civis mantidos como reféns em Gaza poderiam ser libertados em questão de dias caso houvesse uma pausa nos combates, mas esta é uma possibilidade altamente improvável neste momento. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descartou um armistício em Gaza, o que significaria, segundo ele, uma “rendição ao Hamas”.
Apesar das conversas em curso com Catar e Egito, não houve avanços significativos nas negociações para resgatar os reféns sequestrados pelo Hamas. No último dia 28, uma autoridade do grupo terrorista afirmou que o grupo estava disposto a libertar os reféns em troca da soltura de todos os prisioneiros palestinos nos presídios israelenses, mas não houve uma resposta por parte de Israel.
De acordo com a emissora Al Jazeera, Israel duplicou o número de prisioneiros palestinos nas suas prisões desde 7 de outubro, de 5.200 para mais de 10 mil. O número inclui 4.000 trabalhadores de Gaza que trabalhavam em Israel antes de serem detidos em bases militares israelenses. Famílias de milhares de outros palestinos de Gaza que trabalham em Israel afirmam que eles desapareceram, o que suscitou preocupações de grupos de direitos humanos de que eles também poderiam estar detidos.
Fonte: R7
Créditos: R7