A estudante de mestrado Amairis Rose, 25 anos, estava de férias na Zâmbia, no continente africano, quando tomou uma decisão corajosa: visitar a Devil’s Pool (Piscina do Diabo, em português). O detalhe é que a mulher ficou na borda da piscina natural com um precipício de aproximadamente 100 metros de altura, na área conhecida como Cataratas de Vitória. Apesar da foto bonita, a mulher foi criticada nas redes por estar incentivando outras pessoas a se arriscarem para tirar fotos “diferentes”.
Imagens e um vídeo compartilhado pela jovem (veja abaixo) em dezembro foram divulgadas hoje pela mídia e mostram a mulher bem próxima e com o braço esticado na beira do precipício enquanto o fluxo de água segue em direção à queda d’água.
Mas antes é importante dizer que a Amaris tirou a foto no período de seca do ano (geralmente entre os meses de agosto e janeiro) na região, quando há uma diminuição no nível do rio Zambezi — que abastece as cachoeiras —, fazendo com que sua água se acumule em um terreno erodido que existe no topo da região das Cataratas de Vitória, bem ao lado de um abismo, formando a “Piscina do Diabo”.
Segundo o site Daily Mail, a rocha é responsável por ajudar que os turistas não ultrapassem a borda e caíam do precipício.
No local, a “graça” é entrar na água da Piscina do Diabo e ter coragem para chegar próximo à margem — assim como feito pela estudante — e, além de aproveitar a experiência, registrar o momento. Amaris, que mora no estado norte-americano da Pensilvânia, nomeou a experiência como “libertadora” e entrou para a lista de atividades que a tiraram da zona de conforto.
“Não tive medo nenhum, foi tudo muito seguro. No mínimo, foi muito libertador estar à beira de uma cachoeira tão grande. Foi simplesmente emocionante. Amo viajar e fazer coisas que me tirem da minha zona de conforto. Isso realmente me faz valorizar a vida.”
Ao publicar as fotos e vídeo da aventura nas redes sociais, Amaris recebeu diversos comentários negativos, alguns dizendo que a ela incentivava outras pessoas a se arriscarem para tirar fotos em lugares perigosos. Uma pessoa escreveu: “Ela foi imprudente apenas para se tornar viral, e não tenho energia para argumentar com bobagens”. Outro escreveu: “Você está brincando comigo com esses vídeos perigosos? Sua vida vale mais do que isso”.
“Não vale a pena para sua família fazer essas coisas perigosas. Por favor pare. Você também está influenciando outros jovens, pois seus vídeos foram compartilhados por toda parte. VOCÊ VALE MAIS DO QUE ISSO. Você é mais valioso do que a quantidade de seguidores e curtidas que obtém”, disse uma terceira.
A jovem disse que no começo se importava com os comentários ruins, mas hoje não liga mais e descreve a experiência como algo extremamente legal.
“No começo eu me importava com os comentários negativos, mas agora entendo que eles não sabem nada melhor, e isso é uma mer** para eles. Eu não, eu me diverti muito, então está tudo bem. Eu estava na Zâmbia para o meu aniversário de 25 anos e fiquei lá por 10 dias com minha tia e foi a viagem mais emocionante da minha vida. Mal posso esperar para tirar mais férias, pois estou muito animado para tentar vencer esta experiência. É legal para cara***, na verdade, é por isso que eu fiz”, disse a mulher.
E completou: “Devido ao trabalho, ao estudo e às restrições da Covid-19, não tenho podido visitar tantos países quanto gostaria, mas espero visitar mais neste verão [do hemisfério norte]”.
Guias necessários
É necessário pegar uma embarcação até a chamada ilha Livingstone, geralmente sob o forte sol africano, para chegar até a Piscina do Diabo. Depois de aguentar o calor na cabeça, um dos primeiros impulsos do turista será, provavelmente, o de se jogar com tudo na água.
Ao fundo da foto, é possível ver turistas curtindo a “Piscina do Diabo” à beira do abismo Imagem: Getty Images
Mas é preciso ter cuidado: mesmo com o nível do rio Zambezi baixo, há correnteza dentro da piscina natural, que pode empurrar os viajantes para bem perto da beira do precipício, como foi o caso de Amairis.
Por isso, o tour deve ser feito na companhia de guias locais, que podem avaliar se, na hora da visita, a Devil’s Pool oferece um ambiente seguro (eles também costumam ter a habilidade de segurar a pessoa caso ela seja perigosamente arrastada pela água).
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Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba