As bolsas de valores europeias operam em forte queda nesta segunda-feira (9), em meio ao aumento da tensão nos mercados devido ao avanço do coronavírus e à guerra de preços iniciada entre grandes produtores de petróleo, que fez desabar o preço do barril.
Por volta das 7h40, as principais bolsas da Europa desabavam perto de 7%, acumulando perdas em torno de 20% no mês.
O índice London FTSE-100, da bolsa de Londres, caía 6,8%; o Frankfurt Dax, na Alemanha, 6,73%, o CAC-40, em Paris, 6,73%, e o Ibex 35, em Madrid, 6,57%, segundo dados da Bloomberg. Em Milão, o FTSE MIB caía 9,70%.
Petróleo tem maior tombo desde a Guerra do Golfo
Os preços do petróleo também tombavam perto de 20%. Na abertura dos negócios no mercado asiático, o preço do petróleo do tipo Brent (principal referência internacional) chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
Economistas falam sobre o cenário da queda de preços do petróleo
Perto das 7h40, o barril de Brent caía 20,57%, em Londres, a US$ 35,96 na venda, enquanto que o barril WTI, nos EUA, perdia 21,58%, a US$ 32,37.
Os preços do petróleo desabaram após a Arábia Saudita decidir cortar seu preço venda o barril e estabelecer planos para aumentar expressivamente a produção de petróleo no próximo mês. A decisão foi tomada depois do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o volume de produção.
A Rússia se opôs ao corte de produção de petróleo sugerido pela Opep para estabilizar os preços do petróleo em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Após o fracasso das negociações, a Arábia Saudita decidiu no domingo adotar o maior corte dos preços do barril em 20 anos, entre US$ 6 e US$ 8 dólar, o que provocou uma tempestade nos mercados.
“O preço do petróleo nesse patamar deve provocar um estrago nas economias. O tamanho desse estrago vai depender por quanto tempo os preços ficarão nesse patamar”, alerta o sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
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Fonte: G1
Créditos: G1