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BIOCOMBUSTÍVEIS: Voo 342 da Air France cruza o oceano com óleo de cozinha no tanque de combustível

Espera-se que esses biocombustíveis reduzam significativamente os níveis de dióxido de carbono. O SAF é atualmente produzido principalmente a partir de biomassa, como vegetais não utilizados ou óleos de cozinha

O voo AFR-342, da Air France, decolou hoje (18) às 15h40 locais do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, para Montreal, no Canadá, levando pela primeira vez, em seus tanques, combustível sustentável (SAF) produzido pela Total em suas fábricas francesas. Essa foi a primeira viagem de longo curso movida a SAF feito de óleo de cozinha produzido na França.

Espera-se que esses biocombustíveis reduzam significativamente os níveis de dióxido de carbono. O SAF é atualmente produzido principalmente a partir de biomassa, como vegetais não utilizados ou óleos de cozinha. Os tanques de combustível do avião são preenchidos com uma mistura de querosene e 16% de biocombustível, disse Jean-Baptiste Djebbari, o Ministro Adjunto dos Transportes, no Twitter.

As companhias aéreas têm realizado experimentos com o SAF, mas aplicá-lo em larga escala é um desafio, já que atualmente ele é muito mais caro do que o querosene comum.

Segundo dados do RadarBox, o voo foi realizado em 6 horas e 46 minutos pelo Airbus A350 de matrícula F-HTYI.

Para esses voos, a Air France-KLM se associou à empresa Total, ao fabricante de aeronaves Airbus e à operadora de aeroportos ADP em uma parceria que visa tornar as viagens aéreas mais ecologicamente corretas num futuro próximo. A legislação francesa exige que as aeronaves usem pelo menos 1% de SAF até 2022 para todos os voos com origem na França, à frente da ambição europeia programada para aumentar gradualmente para 2% até 2025 e 5% até 2030, como parte do Acordo Verde Europeu.

Além desse voo, a Airbus está realizando várias séries de testes para certificar que os aviões voem com 100% SAF nas próximas décadas. A Airbus também instalou postos de abastecimento de SAF em suas instalações industriais para que possam ser usados ​​durante a produção e testes de novos aviões, bem como para entregas de aeronaves. Essas instalações contribuem para a ambição da Airbus de descarbonizar todas as suas operações industriais num futuro próximo.

Fonte: Aeroin
Créditos: Aeroin