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Biden diz que luta pelo direito ao aborto não terminou

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice, Kamala Harris, prometeram neste domingo, 22, lutar pelo direito ao aborto. A data marca os 50 anos da sentença da Suprema Corte que garantiu o direito até a sua revogação, em junho de 2022.

Foto: SAUL LOEB / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice, Kamala Harris, prometeram neste domingo, 22, lutar pelo direito ao aborto. A data marca os 50 anos da sentença da Suprema Corte que garantiu o direito até a sua revogação, em junho de 2022.

“Hoje deveria ter sido o 50º aniversário de Roe v. Wade”, publicou em uma rede social o presidente democrata, referindo-se à decisão original.

“Ao invés disso, os funcionários republicanos do Maga [apoiadores do ex-presidente Donald Trump, com seu slogan ‘Make America Great Again’] travam uma guerra contra o direito das mulheres de tomar suas próprias decisões sobre sua saúde. Mas esta luta não acabou”, afirmou Biden.

“Não deixei de lutar para proteger os direitos reprodutivos das mulheres e nunca pararei”, garantiu o mandatário americano.

A mais alta corte americana pôs fim a jurisprudência, considerando que o direito à interrupção voluntária da gravidez não estava protegido pela Constituição. A Suprema Corte, à qual Trump deu uma composição muito conservadora, permitiu assim que cerca de vinte estados governados por republicanos proibissem ou restringissem severamente o acesso ao aborto.

Em suas postagens deste domingo, Biden insiste que “o direito de escolha das mulheres não é negociável” e pede ao Congresso que aprove uma legislação que utilize os termos da jurisprudência “Roe v. Wade”.

No entanto, o presidente de 80 anos, não tem muita chance de sucesso. A Câmara dos Representantes acaba de passar para as mãos dos republicanos, e no Senado a maioria democrata é estreita.

A vice-presidente americana, Kamala Harris, somou-se à reivindicação. “Como se atrevem?”, indagou durante um discurso na Flórida, ao mencionar os congressistas republicanos que querem restringir e suprimir o direito ao aborto em todo o país.

Kamala criticou “as leis elaboradas por extremistas em alguns estados, incluindo a Flórida”, para restringir a interrupção voluntária da gravidez. “Não iremos recuar. Sabemos que a batalha não estará terminada enquanto não garantirmos esse direito” em um texto federal, disse a vice-presidente democrata.

A organização de planejamento familiar Planned Parenthood aponta que a maioria dos americanos é a favor do direito ao aborto, e estima que uma em cada três mulheres nos Estados Unidos vive em um estado que houve a restrição.

A presidente da organização, Alexis McGill Johnson, estimou que “o que acontece com as pacientes e a equipe médica é terrível, mas também impulsiona o nosso movimento. Estaremos lá e lutaremos. Todos os dias.”

A Casa Branca prometeu também neste domingo proteger o acesso às pílulas à base de mifepristona, que permitem interromper a gravidez nas primeiras semanas. Além disso, várias manifestações foram realizadas no país para lembrar a sentença Roe vs. Wade.

 

Fonte: O Dia
Créditos: Polêmica Paraíba