O nascimento de Briar Juliette Lockwood, no último dia 2 em um hospital de Illinois, nos EUA, marcou um acontecimento especial na família não só por causa da chegada de uma nova vida, mas porque a menina foi gerada por sua avó materna, Julie Loving, de 51 anos, que topou ser barriga de aluguel para sua filha, Breanna, de 29 anos.
“Foi definitivamente um processo surreal”, descreveu a mãe do bebê ao programa de TV “Good Morning America”. “Todos os sentimentos vieram de uma vez, apenas vendo minha mãe passar por tudo e tudo que ela fez por mim e continua fazendo”.
De acordo com a emissora “ABC’, os pais de Briar Juliette começaram a tentar ter um bebê pouco após se casarem em 2016. Devido às dificuldades, porém, procuraram ajuda com especialistas até que, em 2018, o médico Brian Kaplan, que trabalha em um centro de fertilidade no estado, sugeriu a ideia de uma barriga de aluguel. Sua principal recomendação foi encontrar uma parente ou amiga que se disponibilizasse a gerar a criança. Segundo suas estimativas, o gasto com uma agência pode ser alto, ultrapassando US$ 100 mil (cerca de R$ 537 mil).
Assim que Breanna ouviu os conselhos do medico, não imaginou em quem pudesse lhe ajudar. Foi sua mãe quem tomou a iniciativa e anunciou sua escolha em servir como barriga de aluguel.
“Minha mãe veio comigo (a uma consulta) como acompanhante e ela disse que queria gerar o bebê”, relatou Breanna. “Quando (o médico) a conheceu, eu percebi que ele estava realmente começando a pensar nisso como uma possibilidade, mas ele não nos disse que sim imediatamente. Houve muitos obstáculos que tivemos que superar para tornar isso possível”.
O nascimento de Briar Juliette ocorreu por cesariana dez dias antes da data prevista. O procedimento foi antecipado de forma emergencial em razão de problemas envolvendo o cordão umbilical, conforme a família contou à “ABC’.
“Foi um dia muito emocionante, com muitas lágrimas e muitos momentos felizes e alguns momentos assustadores, mas nossos médicos e equipe foram ótimos”, afirmou Breanna.
Julie, contudo, nunca perdeu a esperança de que tudo terminaria bem.
“Já corri 19 maratonas e fiz muitos triatlos”, ressaltou Julie, acrescentando ter se mantido saudável ao longo de sua vida e que já teve duas boas gestações, ao mencionar Breanna e seu filho de 27 anos.
Para que Julie pudesse gerar a neta, foi feita uma transferência de embrião em fevereiro, permitindo desta forma que Breanna e Aaron fossem os pais biológicos de Briar Juliette. No mês seguinte, a gravidez foi confirmada, cerca de uma semana antes de os Estados Unidos implementarem o lockdown devido à pandemia do coronavírus.
Até que o procedimento bem-sucedido fosse realizado, Julie passou por uma série de exames e consultas com cinco especialistas, assim como um obstetra de alto risco e um psicólogo.
“Lutar contra a infertilidade foi a coisa mais difícil que já tive que passar”, confessou Breanna. “Quando se tem um plano para a vida e então algo como a infertilidade fica no caminho, eu senti que não podia mais ver o que imaginei, que isso poderia ser tirado de mim”.
Brenna destacou ter permanecido ao lado de sua mãe em cada etapa da gravidez, incluindo no momento da cesariana, que também teve a presença do pai do bebê.
“É realmente difícil ver a luz no fim do túnel quando se está passando por infertilidade”, afirmou. “Mas, enquanto se continua dizendo a si mesma que há muitas maneiras de se tornar uma mãe, não é apenas a gravidez. Existem tantas maneiras de se tornar um pai, qualquer opção que você escolher”.
Fonte: Extra.globo
Créditos: Polêmica Paraíba