O autismo atinge aproximadamente 1 em cada 100 crianças em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado nesta terça-feira (2). A data foi estabelecida em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o propósito de disseminar informações sobre esse transtorno do desenvolvimento neurológico e diminuir o preconceito que cerca as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Comemoração da data no Brasil
Já em nosso país, por meio da lei 13.652/2018, foi instituído o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo, sendo lembrado anualmente nesta mesma data de 02 de Abril.
Dificuldades enfrentadas
De acordo com a Neuropsicóloga, Joice Andrade, que ao acompanhar crianças do espectro autista, disse que é comum observar as mães que se culpam pelo diagnóstico do filho ou que não aceitam a condição, nesses casos, a médica afirma:
“só aceitando a condição, limitações e potencialidades podemos agir para que essa criança tenha um melhor desenvolvimento de habilidades, sejam elas motoras ou cognitivas”, ressaltou.
Por vezes, o preconceito vem da própria família, onde muitos acabam tratando as crianças portadoras como “coitadinhas” ou como se fosse algo contagioso, quando isso ocorre, pode gerar um comportamento ainda mais introspectivo por parte do autista, dificultando seu processo de socialização.
No ambiente escolar, uma das principais características que mais se sobressai é o déficit de inteligência, pensando nisso, muitos pais refletem seriamente ao escolher a melhor instituição que contenha não apenas uma docência e prática psicopedagógica de qualidade, como também paciência em lecionar para as crianças que possuem dificuldade no aprendizado.
Quanto à rotina, essa etapa do dia a dia é fundamental para que haja o pleno desenvolvimento da criança e suas capacidades, fornecendo segurança, estabilidade e limites, quando não há qualquer tipo de controle sobre a situação, pode resultar em irritabilidade, ansiedade e dificuldade na aprendizagem.
Direitos dos Autistas
Em 27/12/2012, a lei 12.764 determinou que toda pessoa portadora do Transtorno do Espectro Autista(TEA), passa a ser considerada pessoa com deficiência para todos os fins legais.
Na área da saúde, por exemplo, a ANS(Agência Nacional de Saúde), em sua regulamentação, estabelece limites no número de sessões de terapia, porém, pessoas diagnosticadas com TEA tem tratamento diferenciado, caso seja comprovado pelo laudo médico, o convênio é obrigado oferecer quantas sessões forem necessárias.
Outra realidade é a medicação gratuita, porém, alguns procedimentos devem ser feitos para que este benefício seja assegurado, como constar na receita o nome genérico do medicamento, e não o comercial.
Hoje em dia, é garantido por lei que, nas empresas com mais de 100 funcionários, haja a inclusão de pessoas com alguma deficiência em seu quadro, levando isso em consideração, muitas ofertam vagas exclusivas para autistas.