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ALIADOS DA COVID: Além de Bolsonaro, conheça outros líderes negacionistas que contribuem para disseminação do vírus e colocam a população em risco

Com a postura negacionista e genocida, esses líderes mundiais colocam a população de seus países em risco e, o resultado é o aumento de casos e mortes pela doença, fazendo com que a pandemia fique cada vez mais distante de seu fim.

Desde 2020, países em todo o mundo compartilharam dados sobre casos e mortes de Covid-19 com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Meses depois, líderes mundiais têm articulado estratégias para prevenir e estimular a prática de medidas de isolamento para conter a doença. No entanto, além do Brasil, com a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), alguns países se destacam por parecerem menos transparentes e negarem a escala do problema e a importância da ciência nesse contexto trágico.

Com a postura negacionista e genocida, esses líderes mundiais colocam a população de seus países em risco e, o resultado é o aumento de casos e mortes pela doença, fazendo com que a pandemia fique cada vez mais distante de seu fim.

Abaixo, confira alguns dos piores líderes mundiais  no combate à pandemia:

Jair Bolsonaro, Brasil

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro não apenas deixou de responder à covid-19 – que ele classifica como uma “gripezinha”: ele agravou ativamente a crise no Brasil.

Bolsonaro utilizou seus poderes constitucionais para interferir nas questões administrativas do Ministério da Saúde, como protocolos clínicos, divulgação de dados e aquisição de vacinas. Ele vetou a legislação que obrigaria o uso de máscaras em locais religiosos e compensaria os profissionais de saúde permanentemente prejudicados pela pandemia, por exemplo. E ele obstruiu os esforços de governos estaduais para promover o distanciamento social e usou seu poder de decreto para permitir que muitos negócios permanecessem abertos como “essenciais”, incluindo spas e academias. Bolsonaro também promoveu agressivamente medicamentos não comprovados, principalmente hidroxicloroquina, para tratar pacientes com covid-19.

Sem o uso de máscara, o presidente continua promovendo aglomerações pelos quatro cantos do país, mesmo com o enorme número de mortes pela doença.

Narendra Modi, Índia

Muitos indianos culpam um homem pela tragédia do país: o primeiro-ministro Narendra Modi.

Em janeiro de 2021, Modi declarou em um fórum global que a Índia “salvou a humanidade… ao conter o coronavírus de forma eficaz”. Em março, seu ministro da Saúde proclamou que a pandemia estava chegando ao fim do jogo”. A covid-19 estava ganhando força na Índia e em todo o mundo – mas seu governo não fez preparativos para possíveis contingências, como o surgimento de uma variante da covid-19 mais mortal e contagiosa.

Mesmo com bolsões significativos do país não tendo suprimido totalmente o vírus, Modi e outros membros de seu partido realizaram massivas manifestações de campanha ao ar livre antes das eleições de abril. Poucos participantes usavam máscaras. Modi também permitiu que um festival religioso que atrai milhões de pessoas ocorresse de janeiro a março. As autoridades de saúde pública agora acreditam que o festival pode ter sido um evento super propagador e foi um erro enorme”.

Alexander Lukashenko, Bielorrússia

Alexander Lukashenko, o líder autoritário de longa data da Bielorrússia (Belarus), nunca reconheceu a ameaça da covid-19. No início da pandemia, enquanto outros países estavam impondo bloqueios, Lukashenko optou por não implementar quaisquer medidas restritivas para evitar a disseminação da covid-19. Em vez disso, ele afirmou que o vírus poderia ser evitado bebendo vodca, visitando a sauna e trabalhando no campo. Essa negação deixou essencialmente medidas preventivas e ajuda pandêmica para os indivíduos e campanhas de crowdfunding (vaquinhas virtuais).

Durante o verão de 2020, Lukashenko afirmou que havia sido diagnosticado com covid-19, mas que era assintomático, o que lhe permitiu continuar insistindo que o vírus não era uma ameaça séria. Supostamente, frustrar a doença e visitar os hospitais de covid-19 sem máscara também reforçou sua imagem desejada de um homem forte.

Andrés Manuel López Obrador, México

Durante a pandemia, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador procurou minimizar a gravidade da situação no México. No início, ele resistiu aos apelos para decretar um bloqueio nacional e continuou realizando comícios em todo o país.

Ainda no começo do contágio, o presidente mexicano aconselhou a população a “seguir a vida normalmente”. Apesar de ter sido contaminado pelo vírus em janeiro de 2021, López não é um entusiasta do uso de máscara.

John Magufuli, Tanzânia

O presidente da Tanzânia, John Magufuli, morreu no dia 17 de março aos 61 anos em decorrência de um problema cardíaco. Negacionista da gravidade da pandemia de Covid-19, o líder não era visto em público desde 27 de fevereiro, gerando especulações de que teria contraído o coronavírus.

A população da Tanzânia se despediu do presidente com cenas de aglomerações e uma multidão sem máscaras – em meio à pandemia – foram vistas no estádio de futebol onde o corpo de Magufuli foi velado.

Ele chegou a dizer que Deus e inalação protegeriam a população, e que o país estava livre da pandemia “devido a orações”. Magufuli fazia campanha contra o uso de máscaras e vacinas. Ele

defendia também que o novo coronavírus era proveniente de um demônio ocidental.

“O coronavírus, que é um demônio, não pode sobreviver no corpo de Cristo. Ele queimará instantaneamente”, afirmou o líder ao convocar as pessoas a irem às igrejas e mesquitas para orar. O presidente recomendava receitas caseiras — como uma bebida à base de gengibre, cebola, limão e pimenta — para eliminar o vírus.

No dia 26 de março, uma variante com o maior número de mutações do coronavírus foi identificada em viajantes da Tanzânia, o que levou cientistas a pedirem maior monitoramento em um país que tem ignorado medidas de combate à pandemia.

Gurbanguly Berdymukhamedov, Turcomenistão

O Turcomenistão, país da Ásia Central, um estado secreto e altamente autoritário, “não relatou nenhum caso de Covid-19 à OMS até agora”, de acordo com uma declaração da entidade. Mas grupos de direitos humanos dizem que a doença está se espalhando amplamente por lá.

Na região, as autoridades restringiram as viagens e pediram distanciamento social e uso de máscaras. Contudo, evitaram relacionar os cuidados com a circulação da Covid-19 no país. No meio do ano passado, o governo afirmou que máscaras são necessárias para proteger contra “a poeira” transportada pelo ar.

O Relatório Mundial 2021 da HRW acusou o governo turcomano, liderado pelo presidente Gurbanguly Berdymukhamedov, de ter “negado de forma imprudente e mal administrado a epidemia de Covid-19 dentro do país” e “coagido” os profissionais de saúde ao silêncio sobre a propagação do vírus.

Kim Jong Un, Coreia do Norte

O líder norte coreanro Kim Jong Un tem aparecido em público sem usar máscara em várias ocasiões durante a pandemia. Em 2020 o líder norte-coreano garantiu durante um desfile militar gigante organizado em Pyongyang, que não havia “uma única pessoa” com coronavírus em seu país, quando a pandemia atingia o mundo todo. No início deste ano, ele afirmou que o país estava livre da doença, só em maio foi reconhecida gravidade da pandemia e o país alertou a população para para a chegada da Covid, o país desistiu das olimpíadas devido a doença.

Nicolás Maduro, Venezuela

Durante seu combate à pandemia, o líder chegou a anunciar da distribuição em massa de um suposto remédio “milagroso” contra o coronavírus a centros de saúde e farmácias de todo o país.

O Carvativir, no entanto, não tem eficácia comprovada no combate à Covid-19. Composto de carvacrol, substância presente no óleo de orégano, o medicamento criado pelo médico venezuelano do século XIX José Gregorio Hernandez é usado como expectorante e foi classificado pelo FDA, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, como “seguro e inócuo para consumo humano”.

Mesmo assim, Maduro promoveu o remédio como as “gotas milagrosas”, o que levou o Facebook a suspender sua página da rede social plataforma devido a violações da política contra informações falsas sobre a pandemia. A decisão foi baseada em orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), que afirma não haver atualmente medicamento para curar o vírus.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba