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UFC: Brasileiras fazem duelo decisivo em card principal

“As brasileiras estão no topo, é uma oportunidade boa para as duas, e vou mostrar isso dentro do cage”, prometeu Ariene, durante coletiva em Abu Dhabi.

A fantástica Ilha Ya ou, como quer a turma do Ultimate, “Ilha da Luta”, é um pedaço de terra localizada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Lá fica uma casa dos eventos do UFC em tempos de pandemia. Neste sábado, 19, acontece lá um confronto entre a curitibana Ariane Lipski e a carioca Luana Dread Carolina. “As brasileiras estão no topo, é uma oportunidade boa para as duas, e vou mostrar isso dentro do cage”, prometeu Ariene, durante coletiva em Abu Dhabi.

A luta, que já tinha sido adiada duas vezes, por conta da pandemia de coronavírus, tem chamado muita atenção do mundo do MMA. “Tem gente que pensa que é triste ver luta de brasileiras, mas vejo de outra maneira. São duas brasileiras no card principal nesse momento, na ‘Ilha da Luta’”, diz Ariane.

Conhecida como a “rainha da violência”, a peso-mosca Ariane, 57 kg, chega ao octógono da ilha depois de anotar sua primeira vitória no UFC em novembro passado. “A Luana tem muito coração, todo mundo fala que essa luta tem tudo para ser uma das melhores do ano e por isso me preparei muito para esse luta. Treino desde fevereiro, não tem como mostrar mais respeito a ela do que do que dando meu máximo”, finalizou.

“Vamos fazer um lutão. Ela é uma atleta muito agressiva, bem técnica, e isso acaba sendo bom, encaixa no meu jogo. Eu também sou da trocação, então isso, para quem vai assistir à luta, é muito bom. Acho que não só pra nós, atletas, mas para o evento a luta também vai ser bem interessante. Estou muito feliz em poder voltar a lutar, fazer o que amo”, disse Luana à Rádio Poliesportiva, SP.

“Eu gostaria, sim, que não fosse uma brasileira, mas luta é luta. É a segunda menina brasileira que eu vou enfrentar (no UFC), mas lá em cima (no cage), independente da nacionalidade, vou dar o meu melhor. Eu mesmo já torci pela Priscila Pedrita, pela Ariane, sempre acompanhando. Acho que, independente de quem vencer, o mais importante é mostrar a força do Brasil. Mas vou para vencer”, avalia Luana.

A carioca Luana conquistou o contrato com o UFC através do ‘Contender Series’, vem de vitória sobre Priscila ‘Pedrita’ Cachoeira em sua estreia pela organização, em maio de 2019. Ao todo, a peso-mosca soma seis triunfos e apenas um revés em seu cartel, justamente na primeira peleja de sua carreira no MMA profissional, contra Daiane Firmino, em janeiro de 2015.

A “rainha da violência” teve um começo irregular e somou duas derrotas em suas primeiras apresentações pelo Ultimate, Ariane Lipski conseguiu se recuperar com um triunfo por pontos sobre Isabela de Pádua no UFC São Paulo, em novembro de 2019. Até o momento, a paranaense acumula 12 vitórias e cinco reveses em sua carreira.

O card deste sábado contará com a disputa de cinturão dos pesos-moscas e a “trocação” entre as brasileiras fará parte do card principal, sinal de que a organização vê com bons olhos não apenas o embate, mas a possibilidade da vencedora avançar nas tabelas da categoria.

A Ilha de Ya, a “casa do UFC”

Maior de todos os Emirados, Abu Dhabi tem mais de 200 ilhas em sua geografia. A ilha usada pelo UFC deve receber eventos seguidos até o final de julho. A Ilha da Luta foi uma solução encontrada pelo Ultimate para realizar eventos com a presença de atletas radicados em outros países durante a pandemia do novo coronavírus.

As restrições de entrada nos EUA a voos internacionais e a operação reduzida de consulados ao redor do mundo dificultaram a participação de lutadores de fora da América do Norte.

Em Abu Dhabi, as restrições a voos internacionais são menores. Quem chega ao país é testado no desembarque, mas não é forçado a entrar num isolamento de 14 dias; apenas é recomendada auto-quarentena até a saída do resultado do teste. A cidade já sediou três eventos do UFC, sempre com arenas montadas exclusivamente para os cards.

Fonte: UOL
Créditos: UOL