O Campinense tem todos os méritos por ter chegado a decisão do Campeonato Paraibano após vencer o Botafogo-PB nos pênaltis, em pleno estádio Almeidão, na semifinal do torneio, que foi disputada em jogo único. Jogo este que foi um tormento para os amantes do bom futebol, responsabilidade maior do Belo, dono da casa, time de maior investimento e com um elenco mais qualificado, que ficou os quase cem minutos de duelo sem conseguir criar uma chance de gol sequer.
Ranielle Ribeiro, treinador da Raposa, após o fim do jogo, avaliou a partida e concordou que a qualidade técnica foi bem abaixo da expectativa, mas fez questão de elogiar seus jogadores, principalmente o goleiro Mauro Iguatu, pela competência nas cobranças e nas defesas das penalidades que colocaram a equipe na decisão do estadual contra o Sousa.
– Eu esperava um jogo mais aberto, um jogo mais de decisão, mais com cara de clássico, mas principalmente no primeiro tempo, o respeito foi mútuo entre as equipes e isso condicionou um jogo chato, um jogo moroso. Em relação ao nosso desempenho, quebramos aquela rotina de fazer bom primeiro tempo e segundo tempo ruim, no segundo tempo nós tivemos um melhor nível de comportamento. Chegamos em condição duas vezes de fazer alguma coisa, a bola parada do Allef também foi bem acentuada, com a grande defesa do Felipe. Quis o destino que a decisão fosse para os pênaltis. Parabenizo os meninos pela concentração na hora de bater, parabenizo Mauro pela postura e capacidade que o mesmo tem em defender os pênaltis, mas o resultado de hoje é a somatória de muita coisa junta, principalmente a entrega desse elenco, o trabalho que se tem por trás, uma comissão técnica de muito trabalho – avaliou.
Contratado após a primeira rodada do Paraibano, quando Ederson Araújo foi demitido, o comandante rubro-negro pegou uma equipe com duas derrotas em dois jogos oficiais na temporada, uma delas por 7 a 1 para o Bahia, pela Copa do Brasil, o que fazia o astral de todos estar lá embaixo. Agora, após vencer um time mais forte, foi recuperada a confiança para a sequência dos compromissos na temporada.
– Quando cheguei, esses meninos estavam desacreditados. Quando fiz a preleção contra o Nacional de Patos, nós éramos lanternas. Eu disse que gente devia mudar aquela aquela situação, reverter aquela situação, e conseguimos desbancar um um dos melhores times da Série C, um candidato fortíssimo a subir. Um time com a folha salarial muito superior a nossa. Se eu falar quanto custa nossa folha salarial, vocês vão achar que é mentira. É um time muito bem treinado pelo Gusmão – afirmou.
Pensando na final, Ranielle Ribeiro já projeta duas partidas difíceis contra o Sousa, líder da primeira fase que, por isso, entra como favorito ao título, de acordo com o próprio treinador. Entre as adversidades, além do time em si, o calor do sertão e um possível horário da partida são outros fatores que preocupam, mas ele acredita que o grupo está pronto para vencer mais estes obstáculos.
– Esses meninos são merecedores do que está acontecendo, mas vamos virar um pouquinho chave porque domingo já entra outro propósito, outro grande objetivo, mas não devemos esquecer que o Sousa foi o primeiro colocado na fase classificatória. Se você levar isso em consideração, o Sousa tem o favoritismo pela campanha que fez, decidir em casa, ainda tem um agravante, devido horário do jogo. Acho segundo jogo lá em Sousa talvez seja às 11h da manhã, mas são guerreiros que estão passando por cima das adversidades – concluiu.
O outro objetivo rubro-negro é a Série D do Brasileiro. No domingo (06), às 16h, a equipe da Bela Vista enfrenta o Caucaia-CE, de Ederson Araújo, fora de casa. Amanhã (04), a delegação viaja para Fortaleza, onde fará um treino no CT do Ceará na véspera da partida.
Fonte: Voz da Torcida
Créditos: Voz da Torcida