Um torcedor do Flamengo foi preso em flagrante na noite de quarta-feira (23/8) pelo crime de injúria racial. Wagner Marinho Tavares é acusado de ofender um dos responsáveis pelo portão de acesso D do estádio Maracanã, onde o rubro-negro carioca derrotou o Botafogo por 1 x 0 e garantiu vaga na final da Copa do Brasil.
O caso ocorreu pouco antes de começar a partida, quando houve confusão em alguns dos acessos ao estádio — torcedores do Flamengo tiveram dificuldade em entrar mesmo com ingresso em mãos. Segundo relato de um funcionário terceirizado do Maracanã que não quis se identificar, Tavares teria dito que, se ele não soubesse executar a sua função, “devia vender banana, porque eu era filho de preto”.
Soldados da Polícia Militar encaminharam o torcedor ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) instalado no Maracanã. Ele passou por audiência de custódia e responderá o processo em liberdade provisória. Wagner Marinho Tavares, contudo, terá de cumprir medidas restritivas.
Na audiência, foi definido que o autor das supostas injúrias ficará proibido de ir aos jogos do Flamengo por seis meses. Duas horas antes de cada partida, Tavares também deverá comparecer à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, e só poderá deixar o local após o término dos jogos.
Ele também não poderá mudar de endereço residencial sem antes avisar ao juízo. A reportagem não conseguiu localizar o acusado.
Este foi o segundo caso de injúria racial registrado no clássico entre Flamengo e Botafogo. Na semana passada, na partida disputada no estádio Nilton Santos, também no Rio, um torcedor alvinegro foi detido por ofender familiares do atacante rival Vinicius Junior. Ele também terá de cumprir as mesmas medidas restritivas.
Além do caso de injúria, o Jecrim registrou mais de oito ocorrências na noite de quarta-feira.
Fonte: Metrópoles