O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o atual presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Nosman Barreiro, por conduta antidesportiva. Na época em que ainda estava como vice-presidente na entidade, o dirigente acusou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de realizar um “jogo de cartas marcadas” durante a intervenção de Flávio Boson Gambogi para que Amadeu Rodrigues, ex-mandatário do futebol paraibano, fosse mantido no cargo. Diante da denúncia, Nosman pode ser suspenso por até 180 dias. O julgamento acontece na tarde desta quinta-feira, às 14h30, na 3ª Comissão Disciplinar do STJD.
Com o fim da intervenção de Flávio Boson Gambogi, Amadeu Rodrigues chegou a retornar ao cargo de presidente na FPF antes de ser afastado pela justiça. Na época, Nosman Barreiro acusou a FPF de ser uma entidade “corrupta” e ainda afirmou a existência de uma “ramificação da quadrilha”da Federação Paraibana de Futebol “dentro da CBF”, pois a “não publicização do trabalho do interventor na FPF fazia parte do acordo”.
– Eu acreditava que a CBF agisse com o mínimo de seriedade. O que aconteceu foi um jogo de cartas marcadas. O interventor chegou calado, saiu calado e não apurou nada. Eu esperei que eles renovassem a intervenção ou divulgassem um relatório apontando resultados, mas nada foi feito. Eu e os torcedores estamos nos sentindo lesados, tenho certeza – falou Nosman.
Diante do exposto, Nosman Barreiro estaria infringindo os artigos 258 caput 191, incisos II e III, ambos do CBJD, por descumprimento aos artigos 1° caput e parágrafos; 3° e 6° inciso XI, todos do Regulamento Geral das Competições 2018 (RGC da CBF).
No documento assinado pela Subprocuradora do STJD do Futebol, Júlia Gelli Costa, Nosman Barreiro não apresentou nenhuma prova ou evidência que confirmasse a conduta corruptiva da CBF e que, além disso, afirmar que essa não é a postura esperada por um gestor de uma entidade do futebol no país.
Caso seja condenado, o presidente Nosman Barreiro pode pegar uma suspensão que varia de 15 a 180 dias de suspensão, além de uma multa de R$ 100 a R$ 100.000 com fixação de prazo para cumprimento da obrigação.
Se confirmada a pena de suspensão, o dirigente pode ficar de fora da eleição a presidência da FPF, marcada para o dia 1° de setembro. Vale ressaltar que o edital foi divulgado na última terça-feira e Nosman, inclusive, já anunciou que é candidato.
Fonte: Globo Esporte Paraíba
Créditos: Globo Esporte Paraíba