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Série B assumirá modelo inglês para distribuição das cotas de TV

A Série B tem uma novidade nos moldes da Premier League nesta temporada. Assim como na Inglaterra, as cotas de TV não serão pagas aos clubes pela tradição ou importância no cenário brasileiro, mas levando em conta também o desempenho no ano anterior.

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A Série B tem uma novidade nos moldes da Premier League nesta temporada. Assim como na Inglaterra, as cotas de TV não serão pagas aos clubes pela tradição ou importância no cenário brasileiro, mas levando em conta também o  desempenho no ano anterior.

Algo totalmente diferente do que acontece na elite, por exemplo, onde as cotas são definidas principalmente por fatores como história do time ou número de torcedores, com Flamengo e Corinthians, equipes de maior torcida do Brasil, ganhando bem mais que os outros.

Até 2016, todas as equipes sem contrato fixo da Série B com a TV Globo recebiam exatamente o mesmo valor: R$ 5,2 milhões.

Em conselho técnico realizado na última terça-feira, na sede da CBF, porém, os clubes aprovaram o novo sistema, que terá uma nova divisão: com 60% divididos de forma igualitária e 40% levando em conta o que aconteceu na temporada passada.

Quem mais vai faturar é o Internacional, que na temporada passada disputou a Série A do Brasileiro (e, portanto, ainda recebe o mesmo valor de quando estava na elite): R$ 60 milhões.

Em seguida, aparece o Goiás, que ainda tem contrato antigo de três anos e ainda recebe valor de Série A, divisão em que estava até 2015: R$ 35 milhões.

Na sequência, há blocos de times com valores próximos, definidos pela posição na temporada passada.

Primeiro, aparecem os times que caíram da elite em 2016: o Figueirense, que acabou o Brasileirão em 18º, terá R$ 6,4 milhões; o Santa Cruz, que foi 19º, receberá R$ 6,2 milhões; e o América-MG, rebaixado como lanterna, ganhará R$ 6 milhões.

Foram esses três times, aliás, que comandaram a mudança na distribuição das cotas, já que a nova medida os ajudou a não terem uma queda tão brusca de rentabilidade.

Afinal, eles ganharam R$ 23 milhões pela participação na última Série A, e, se as regras antigas fossem mantidas, veriam suas cotas de TV caíram para R$ 5,2 milhões.

As posições na última temporada da Segundona também determinaram as novas cotas de Náutico (R$ 5,8 milhões), Londrina (R$ 5,6 milhões) e CRB (R$ 5,4 milhões).

Depois, há um grupo de equipes que receberá R$ 5,2 milhões: Brasil de Pelotas, Criciúma, Luverdense, Paysandu, Vila Nova, Paraná, Ceará e Oeste.

Por último, figuram os clubes que subiram da Série C: Boa Esporte, Guarani, ABC e Juventude. Todos terão direito a R$ 4,1 milhões.

Com isso, terminar à frente da tabela da Série B, mesmo que fora do G-4, tornou-se extremamente importante, já que agora será o fator que determina quanto o time irá receber de cotas de televisão no ano seguinte.

Finalizar uma colocação acima, por exemplo, pode render R$ 200 mil na temporada seguinte, por exemplo.

Como funciona na Inglaterra
Na Premier League, as cotas de TV são divididas da seguinte forma: 50% igual para todos, 25% pela classificação na última temporada (seja na 1ª ou na 2ª divisão) e 25% de live fee.

A live fee é um quociente determinado por quantas vezes o jogo de cada time é exibido, sendo que todos os clubes começam a temporada com a garantia de ao menos 10 partidas.

No total, 10,4 bilhões de libras (R$ 40 bilhões) são distribuídos entre os times.

Destes, 5,3 bilhões de libras (R$ 20,36 bilhões) vêm das transmissões na própria Inglaterra, pelas emissoras Sky Sports e BT, e outros 5,1 bilhões (R$ 19,6 bilhões) de acordos de televisionamento em outros países – incluindo o Brasil, onde a ESPN detém exclusividade.

Esses valores são válidos até a temporada 2018/19, e atualmente são os melhores do mundo.

Fonte: ESPN