A espera para conhecer o novo campo sintético do Allianz Parque finalmente vai acabar para o Palmeiras na tarde desta quarta-feira. O elenco vai realizar o primeiro treino no estádio desde a instalação do piso. O objetivo é se ambientar à nova superfície para no domingo ter a estreia em partidas oficiais, diante do Mirassol, pelo Campeonato Paulista.
A ida do time ao gramado artificial marca um teste importantíssimo para se ter a resposta do jogadores sobre o resultado da empreitada. Há pelo menos três anos o Allianz Parque analisa possíveis soluções para conciliar melhor a agenda de jogos com o cronograma de shows. O campo sintético foi a escolha mais ousada, após ter sido cogitada por parte do Allianz Parque por vários anos.
Os gestores buscaram soluções anteriormente como técnicas diferentes de plantio de grama, com cortes mais espessos e operação especial de transporte ao estádio, além de formas variadas para a montagem do palco para shows para comprometer menos o piso. No entanto, os altos custos dessas operações e a qualidade do campo abaixo do esperado pesaram para que as análises e discussões em busca de melhoria continuassem.
A guinada de todo esse imbróglio veio no ano passado. Após reuniões entre o Palmeiras e os gestores do estádio, a opção pela grama sintética foi escolhida como a mais viável para ambas as partes. Os bons resultados do campo artificial na Arena da Baixada, em Curitiba, tiveram peso na decisão e o clube resolveu enviar representantes à Holanda em outubro. Por lá, conheceram o fabricante do piso que agora, nesta quarta, será testado.
A obra de instalação foi acompanhada de perto pela diretoria e membros da comissão técnica. Entre os jogadores, há ansiedade para conhecer o gramado. “A galera está ansiosa, porque no ano passado acabamos perdendo alguns jogos devido a shows, enfim. O legal dessa grama é que independentemente de shows, a gente vai conseguir mandar nossos jogos lá. Acho que vai ser bom”, disse o meia Gustavo Scarpa.
O goleiro Weverton é o jogador do elenco com mais experiência em campos sintéticos. Ex-jogador do Athletico, clube que tem gramado artificial desde 2016, ele é um defensor da novidade. “Só vejo coisas boas (na mudança). O primeiro ponto é que a gente vai ter muito mais jogos do lado do nosso torcedor, é um fator importantíssimo. Estamos acostumados, é nosso ambiente. O segundo é que é um piso que para quem gosta de jogar futebol dá mais velocidade e toque preciso”, comentou.
Novato no clube, o uruguaio Matías Viña também apoia o campo sintético. “Profissionalmente ainda não joguei neste piso, mas já treinei. É o mesmo. Se pode jogar o mesmo futebol que no gramado normal. Então não haverá problema. E será bom para o time ter esse gramado”, afirmou o lateral-esquerdo. O Palmeiras vai fazer ainda mais duas atividades no novo campo antes da partida do próximo domingo.
Fonte: G1
Créditos: G1