Sem Neymar, o confronto desta terça-feira entre Paris Saint-Germain e Real Madrid perdeu um pouco do brilho. Mas nada que diminua a importância daquela que podia ser uma final antecipada da Liga dos Campeões entre o emergente clube francês e o poderoso esquadrão espanhol. Vale vaga nas quartas de final. Após a derrota por 3 a 1 em Madri, o PSG precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. E, mesmo diante da ausência de seu camisa 10, Daniel Alves não quer saber de desculpas.
– Temos duas opções sempre: sentar e chorar ou se levantar. Obviamente, com Neymar o PSG é muito mais forte e é impossível deixar de sentir sua ausência. Mas, ou senta e chora ou levanta e luta. Eu sempre escolho a segunda opção – ressaltou o lateral.
Retorno de Zidane à França
Será a primeira vez de Zinedine Zidane, o herói do título de 98, como treinador em sua terra natal. Campeão das duas últimas edições da Champions comandando o Real Madrid, o francês fará sua estréia no Parque dos Príncipes, cerca de 15km distante do Stade de France, onde marcou dois gols contra o Brasil na vitória por 3 a 0 na final da Copa do Mundo de 1998.
Vinte anos depois, o filho ilustre de Marselha e ex-jogador do Olympique, principal rival do PSG, volta à Paris com o objetivo de acabar com os sonhos do primeiro título continental do rival.
– Nós estamos em Paris. Eu sou de Marselha! (risos). É sempre um prazer voltar à França porque como você disse eu não venho muito. E é uma situação diferente porque venho jogar uma partida com o Real Madrid. Para mim, o mais importante é o que faremos em campo e não a questão pessoal. O importante é que a gente esteja pronto para fazer um grande jogo contra um grande PSG – declarou o técnico.
A França só tem um título da Liga dos Campeões – O Olympique de Marselha venceu a competição em 1993. O Real Madrid, sozinho, levantou a taça 12 vezes. Nesta terça, o PSG terá que superar a ausência de Neymar, a boa vantagem dos merengues e o peso da camisa dos madrilenhos para seguir sonhando em ser campeão da Europa pela primeira vez.
O técnico Unai Emery, muito criticado pelas escolhas no jogo de ida, passou as últimas três semanas afirmando a confiança no time e que no Parque dos Príncipes a história será diferente. O treinador confia na força da torcida e no retrospecto do PSG no estádio, onde o time venceu os últimos 19 jogos, marcando 76 gols (média de 4 por jogo) e sofrendo apenas 12 (média de 0,63).
– Amanhã (terça-feira) a motivação é mais fácil de se ter do que normalmente. É importante jogar com a cabeça, mas amanhã o mais importante será jogar com o coração. E se você me perguntar: cabeça ou coração? Para mim, o mais importante será o coração.
Sai Neymar, entra Di María
Nas três semanas entre o jogo de ida e o jogo da volta, a lesão de Neymar tomou conta dos noticiários e, até que fosse definida a realização da cirurgia no pé direito, os torcedores do PSG acreditavam na possibilidade do craque conseguir jogar contra o Real Madrid.
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Na ausência do brasileiro, operado no último sábado para corrigir a lesão no quinto metatarson, Di Maria será o substituto. O argentino vive uma grande fase neste começo de 2018 – em 15 jogos, marcou 13 gols e deu nove assistências.
– Nós conhecemos muito bem Di Maria, que é um jogador espetacular, que fez história também no Real Madrid e pode jogar em qualquer posição. Joga no centro, na direita, na esquerda, em uma ponta… Se movimenta bem, tem ótima finalização e é rápido. Sabendo disso, nós tentaremos colocar uma equipe para encarar o PSG e encaixar o nosso jogo. Evitar que eles nos deixem em dificuldade – afirmou o comandante merengue.
Zidane conta com todo elenco a disposição – Marcelo, Modric e Kroos se recuperaram a tempo e viajaram com o elenco. A única baixa nos dois times é justamente Neymar.
O craque do lado madrilenho, Cristiano Ronaldo, depois de um começo de temporada com dificuldades no Campeonato Espanhol, já soma 30 gols na temporada. Ele é o artilheiro desta edição da Liga dos Campeões com 11 gols e da história do campeonato com incríveis 116 gols (101 com a camisa do Real).
Em meio à missão difícil de precisar vencer por dois gols sem seu principal jogador, o lateral Daniel Alves tentou explicar o significado para um clube ainda sem conquistas europeias como o PSG superar o Real Madrid, atual bicampeão e 12 vezes campeão da Liga dos Campeões.
Fonte: Redação
Créditos: Globo Esporte