O craque Cristiano Ronaldo foi interrogado nesta segunda-feira pelo Tribunal de Pozuelo de Alarcon, no subúrbio de Madri, na Espanha, no processo que apura uma possível fraude fiscal milionária. Ele é acusado de sonegar 14,7 milhões (cerca de R$ 54 milhões). Segundo os jornais “Marca” e “Mundo Deportivo”, o jogador estava muito tenso e teria se mostrado “arrogante” durante a audiência de uma hora e meia. O camisa 7 do Real Madrid não estava confortável em nenhum momento e deixou o tribunal bem irritado, sem falar com a imprensa.
O jogador de 32 anos, que passou mal diante do juiz, argumentou que todas as declarações que fez à Fazenda sobre a evasão fiscal estão corretas e crê que está sendo alvo de perseguição, segundo o jornal catalão.
“Se não me chamasse Cristiano Ronaldo, eu não estaria sentado aqui”, disse o atacante à juíza do caso, Mónica Ferrer Gómez, segundo informou o jornal “Marca”.
Foi perguntado a CR7 se ele não acha que deveria pagar os 14,7 milhões (cerca de R$ 54 milhões) que deve à Fazenda espanhola. O jogador, no entanto, respondeu que dois assessores portugueses são responsáveis pelos seus direitos de imagem. E livrou seu representante, Jorge Mendes, de qualquer envolvimento com uma suposta estrutura fraudulenta. Segundo o jogador, Mendes não tem nada a ver com seus assuntos fiscais.
Antes do julgamento, estava programado para CR7 falar com a imprensa. Mas como ficou insatisfeito com a audiência, o português saiu sem falar nada. Coube ao seu porta-voz, Inaki Torres. Um anota oficial foi enviada pela sua assessoria horas após o julgamento:
“A Fazenda espanhola conhece em detalhes minhas receitas, pois nós entregamos. Jamais escondi nada, nem tive a intenção de fraudar impostos. Sempre faço minhas declarações de impostos de maneira voluntária, porque penso que todos temos que declarar e pagar impostos de acordo com nossas receitas. Quem me conhece sabe o que peço a meus assessores, que tenham tudo em dia e corretamente pago, porque não quero problemas. Quando fechei com o Real Madrid, não criei uma estrutura especial para gerenciar meus direitos de imagem, só mantive a que gerenciava quando eu estava na Inglaterra. Os advogados que o Manchester United me recomendou a criaram em 2004, muito antes de eu pensar em vir para a Espanha. A estrutura foi a que era comum na Inglaterra, foi comprovada pela Fazenda inglesa, que ratificou que era legal e legítima”, diz a nota.
Fonte: EXTRA