Algumas pessoas entendem muito de futebol, mas não sabem a origem de alguns itens básicos, como estádios, bolas e outras coisas que, hoje em dia, são indispensáveis em uma partida. Como e por que elas surgiram? Quem as inventou? Essas e outras perguntas poucos sabem responder corretamente.
Nesse caso, a gente pergunta: quem inventou o cartão amarelo? Qual é a sua utilidade? Esse cartão que, algumas vezes, serve apenas como advertência, tem uma história muito interessante e é bacana saber como ele pode, literalmente, mudar o jogo. A gente explica direitinho tudo sobre o item.
Como surgiu
Segundo a FIFA, quem criou o cartão amarelo foi um dos mais respeitados árbitros do mundo, Ken Aston (1915-2001). Em 1966, durante uma partida entre Inglaterra e Argentina, alguns jogadores se desentenderam e acabaram discutindo também com o juiz. Ele tentou argumentar e, sem sucesso, expulsou um jogador argentino.
Na volta para casa, Aston parou em um semáforo e ficou observando. A inspiração bateu: “Enquanto eu dirigia, o semáforo ficou vermelho e eu pensei: amarelo, vá com calma. Vermelho, pare, você está fora!”. E foi assim que surgiu o cartão amarelo, baseado em um sinal de trânsito.
Contrariando o que muitos pensam, o cartão amarelo não é usado somente em jogos de futebol, mas também em vários outros jogos, como esgrima, hóquei em campo, vôlei e polo aquático, sempre com o mesmo objetivo: indicar advertências e multas das mais variadas, deixando claro que o jogador está quebrando as regras.
A regra é clara
O uso do cartão amarelo é estritamente delineado no livro de regras da FIFA e observa que “um jogador será advertido e receberá o cartão amarelo se cometer uma das sete faltas seguintes:”
- Comportamento antidesportivo;
- Dissidência por palavras ou ações;
- Violação persistente das leis do jogo;
- Retardar o recomeço do jogo;
- Incapacidade de respeitar a distância exigida;
- Recomeçar um jogo sem autorização do árbitro;
- Deixar o campo sem autorização do árbitro.
O poder de um cartão amarelo
Segundo o escritor Rob Walker, o cartão amarelo é uma forma inteligente e elegante para a solução dos problemas. “Com ele, pode-se ter certeza que a pena foi devidamente sinalizada, ele transcende a linguagem. O cartão amarelo é claro e não apenas em campo, mas também no estádio e para todos que estão assistindo. Não dá para imaginar um jogo sem ele”.
“Como objetos que são, eles não parecem grande coisa, é apenas um cartão amarelo. Mas quando teatralmente brandido por um funcionário, quase literalmente na cara de um jogador após ele ter feito algo errado, ele tem um poder selvagem. Ele dispara um estádio inteiro a assobiar e os jogadores a debater uns com os outros”, continua Walker.
Walker diz ainda que é muito difícil encontrar qualquer informação sobre as normas oficiais do cartão amarelo, mas que os cartões comercialmente disponíveis têm aproximadamente 7,62 x 10,16 cm. Cartões de 6 x 12 cm também são vendidos. Mas e as cores? Existe uma designação de um pantone especial para eles? Quais as regras deste dispositivo regulador?
Apesar disso, sabemos que um cartão amarelo tem consequências reais: posse, numa cobrança de falta, e a possibilidade de que, se os erros do jogador continuarem a existir, ele vai deixar sua equipe desfalcada no próximo jogo, ou seja, ele vai ser expulso. Portanto, nunca subestime o poder de um cartão amarelo. Ele pode mudar o que parecia certo!
Fonte: Mega Curioso
Créditos: Mega Curioso