O Botafogo-PB, vem tentando, nas últimas semanas, concretizar sua transição para Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Para isso, precisou formatar contratos e impasses relacionados à aprovação do conselho do clube. Saiba como está o andamento do processo e o que falta para vermos o Belo como clube-empresa.
Situação atual
O time havia enfrentado diversos problemas, dentre um destes empecilhos, estava uma suposta dívida que o clube teria com o poder público através do Governo do Estado. Na ocasião, a despesa seria referente ao programa Gol de Placa, responsável por patrocinar o futebol profissional no estado, incluindo o Belo.
A partir disso, os investidores, interessados na compra do clube, queriam confirmar de quem seria o compromisso de assumir uma eventual cobrança judicial. Assim, houve um consenso para que, se em algum momento ocorrer cobrança da dívida para a SAF, serão utilizados os valores dos repasses, como royalties para quitar.
Após este cenário, a expectativa é de que a constituição da SAF seja feita já nos próximos dias.
Detalhes que faltam
Na ótica oficial, assim como da Instituição, ainda falta a convocação da Assembleia Geral, considerada a instância do clube capaz de definir se o departamento do Botafogo-PB será SAF ou não.
Sua convocação, realizada de maneira extraordinária, deve ser feita pelo Presidente do clube, o qual conta com a influência de marcar a reunião a qualquer momento. Porém, a tendência é de que isso aconteça nos próximos dias.
Além disso, outro detalhe fundamental sobre a constituição da SAF, são as assinaturas dos contratos. Desse modo, a diretoria sanou todos os potenciais impasses contratuais, existentes de junho até dezembro.
Em resumo, falta apenas organizar as agendas de ambos os investidores, Lucas Franzato e Celso Colombo Neto com os dirigentes do belo. Por consequência, haverá a assinatura do contrato, que ainda deve passar pelo crivo da Assembleia Geral.
Assinatura de contratos
Estando sob os cuidados do conselheiro, o Botafogo-PB, na pessoa do ex-presidente e assessor jurídico, Alexandre Cavalcanti, redigiu, ao todo, quatro contratos. Dentre eles, estão o contrato de constituição da SAF, de investimento, arrendamento da Maravilha do Contorno e concessão da marca.
Sobretudo, o primeiro diz respeito a separação do Botafogo-PB em dois: Uma delas, a associação, que continua a existir, e a Sociedade Anônima de Futebol, responsável por dirigir o departamento de futebol.
Já o segundo, aborda os deveres de investimento a cada ano, dependendo também, do momento do clube no cenário nacional. Dessa forma, pode interferir diretamente na formação do elenco e eventuais melhorias na Maravilha do Contorno.
O terceiro, discorre sobre concessão da Maravilha do Contorno, que atualmente, permanecendo como posse do clube, será alugado para a SAF utilizar em seu trabalho como departamento de futebol.
Por fim, o quarto documento estabelece valores que a SAF irá pagar afim de poder utilizar a marca do Botafogo-PB, como cores, escudo e comercialização de produtos. A proposta dos investidores Lucas Franzato e Celso Colombo Neto é de R$ 260 milhões (corrigidos anualmente pelo IPCA) por 15 anos.
Representantes nos conselhos diretivos
De preferência, dois conselhos irão integrar o organograma da SAF, sendo um conselho de administração e outro fiscal, ambos contando com cinco membros. Por sua vez, o Conselho de Administração terá como foco, o departamento de futebol.
Com relação aos investidores, irão adquirir 90% das ações do clube, já a associação, mantém seus 10%, levando em consideração o acordo e a lei da SAF. Sendo assim, o clube terá um representante no conselho diretivo, enquanto a SAF, quatro.
Já o Conselho Fiscal terá o trabalho de acompanhar, opinar e dar pareceres sobre a política financeira adotada pela SAF. Do mesmo modo, no caso do Conselho de Administração, a Associação Botafogo-PB só terá um indicado, enquanto que a SAF terá quatro.
Indicados
Até o momento, não houve nenhuma confirmação de nomes indicados para compor o conselho. Porém, dois nomes são considerados prováveis para estarem a frente. Por exemplo, Alexandre Cavalcanti, já manifestou seu desejo de fazer parte.
Além de Alexandre, o nome Paulo Monte, atual vice-presidente de marketing do clube, também ganha força para compor algum conselho na SAF.
Fonte: GE