O craque Ronaldo revelou que está na terapia há quase três anos. Em uma entrevista realizada em Doha, o eterno camisa 9 da seleção brasileira disse que precisou de uns dias para digerir a derrota (cancelando até outras aparições públicas, como na homenagem feita a Pelé, aqui no Catar, pela Conmebol).
Ronaldo diz que se sentiu obrigado a sair em defesa da seleção brasileira (e do camisa 10 da equipe) em suas redes sociais e plataformas de conteúdo. “Eu super entendo o momento que eles estão passando, principalmente o Neymar, pois a pressão e a carga é muito maior em cima dele. É muito normal ele estar deprimido ou triste, até mesmo sem vontade de jogar e de planejar algo para o futuro. Mas isso vai passar, com certeza, porque essa decepção há de ser temporária e o Neymar vai voltar com o tesão de sempre, a vontade de sempre.”
Na sequência, o Fenômeno fez a revelação que abre esta reportagem e aconselhou os atletas a voltarem sua atenção para a saúde mental. “Venho acumulando muitas funções, muito trabalho, e isso tem me ajudado muito. Eu indicaria pra vida ter um psicólogo, com quem você possa abrir as suas necessidades, as suas dúvidas, e conversar abertamente com um profissional que pode te esclarecer muito e te ajudar muito. O psicólogo do futebol logicamente ajuda, mas um acompanhamento constante tem uma eficiência muito maior.”
E conselho vale também para Neymar. “Quando eu vi a entrevista dele falando que psicologicamente ele estava destruído, aquilo partiu meu coração de uma maneira, assim, que eu também destruído psicologicamente, e queria encontrar alguma maneira de poder ajudá-lo. Mas eu acho que essa ajuda existe hoje em dia. Na minha época era pouco falado, e eu aconselharia ele tivesse esse acompanhamento psicológico pra aguentar essa pressão, que é extremamente desproporcional para qualquer ser humano.”
Falando um pouco de bola, Ronaldo apontou as seleções europeias como destaques deste Mundial, principalmente Inglaterra e França, essa última aliás apontada pelo Fenômeno como a favorita para conseguir o Catar o bicampeonato consecutivo.
“Vejo uma evolução muito grande dos europeus, principalmente depois de 2002. Você vê os ingleses jogando futebol, jogando bem. E há 20 anos era um futebol de chutão pra cima, todo mundo batendo cabeça e você vê hoje jogando um futebol moderno. Você vê a França, sólida, vindo aí num caminho pra ganhar a sua segunda Copa seguida. Eu contava com isso desde o começo, com o Brasil chegando junto, mas agora o caminho está bem aberto para os franceses confirmarem esse favoritismo.”
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra