Em pouco mais de 10 dias, em Anaheim, na Califórnia, Cris Cyborg entrará pela primeira vez num octógono do Ultimate para lutar por um cinturão. A brasileira enfrenta a norte-americana Tonya Evinger pelo título do peso pena feminino no UFC 2014.
Não é de hoje que Cyborg por vezes bate de frente com Dana White e companhia, exigindo ser mais valorizada. E a lutadora novamente manteve sua posição, que com frequência não vai de encontro a do UFC.
“Eu não posso ser mais uma dentro do UFC. Se eu disser ‘Amém’, eu vou ser mais uma. Eu quero fazer a diferença, melhorar o esporte. Quero ser lembrada não só que fui campeã, mas que fiz a diferença”, disse a brasileira, durante uma teleconferência com jornalistas brasileiros, nesta terça-feira.
“Eu vou continuar lutando contra o que eu achar que é errado. Não estou ali por status, acredito que isso não me corrompe. Penso no futuro também, não vou lutar pra sempre, e o que vai acontecer depois disso? Eu tenho que melhorar para as próximas atletas, é muito egoismo só pensar agora”, completou.
Mesmo se ganhar o cinturão, Cyborg não quer ficar marcada como “a cara” do MMA feminino no UFC.
“O MMA feminino não pode ser só um rosto, tem várias atletas no evento. Eles fizeram muito o rosto do MMA ser a Ronda (Rousey) e quando ela perdeu não quis mais voltar. Quando você faz um rosto e o rosto cai, você fica carente. Eu vou estar lá representando todas as mulheres”, afirmou.
Inspirada na decisão de Conor McGregor, campeão do UFC que decidiu se aventurar no boxe para enfrentar Floyd Mayweather, Cyborg também cogita fazer lutas em outras categorias alternativas. No caso dela, o WWE.
“O WWE tem muitos fãs. Acredito que acontecendo isso, irá migrar um monte de fã pro WWE e o inverso também. É um show que as pessoas lutam, acredito que abre outras portas para lutadores do MMA. Assim como McGregor está abrindo portas no boxe lutando com o Mayweather, a Ronda fez isso no WWE também”.
Fonte: ESPN