Amadeu Rodrigues e Lionaldo Santos são acusados pelo STJD na Operação Cartola — Foto: Cisco Nobre / GloboEsporte.com
A Procuradoria do STJD instaurou a denúncia após receber a notificação de que o sigilo sobre a investigação havia sido removido pela justiça comum. O órgão se ancorou no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) para punir os acusados dentro da esfera futebolística.
O relatório assinado por Julia Gelli Costa, Subprocuradora-Geral do STJD, possui mais de 60 páginas, que apresentam, além das ações realizadas pelos acusados e ainda os códigos infligidos apresentando, uma série de documentos presentes nos relatórios da Polícia Civil e do Grupo Especial do Ministério Público da Paraíba (Gaeco), que chegaram ao pleno conhecimento do órgão através das denúncias criminais.
Amadeu Rodrigues, ex-presidente da FPF, foi apontado pelo STJD como “o líder” por gerir todo o esquema de manipulação diretamente com os dirigentes de clubes. A lista de acusações ao ex-mandatário é finalizada com o direcionamento de punição fundamentada em artigos do CBJD e do Código Disciplinar da FIFA de infração disciplinar, contra a ética desportiva que pode ser punido com suspensão de dias e pagamento de multa de até R$ 100 mil.
Breno Morais é o segundo denunciado e aparece como um dos líderes do esquema com atuação direta na manipulação de resultados em favorecimento ao Botafogo-PB, clube do qual Breno exercia o cargo de vice-presidente de futebol, mas foi afastado de suas atividades pela Justiça. O documento ainda ressalta o envolvimento de Breno com a grande maioria dos investigados provados também em interceptação telefônica.