O futebol argentino está de luto novamente. Menos de duas semanas após a perda de Diego Maradona, morreu, nesta terça-feira, o técnico Alejandro Sabella, aos 66 anos. Ele foi vice-campeão pela Argentina na Copa do Mundo de 2014 e ganhou a Libertadores de 2009 no comando do Estudiantes.
Sabella sofria de uma doença cardíaca grave desde 2015. Após a morte de Diego Maradona, a saúde do ex-treinador piorou com a notícia, e ele foi internado no último dia 26 de novembro. Segundo informações da imprensa argentina, o técnico sofreu uma infecção hospitalar e não resistiu.
¡Hasta siempre, Profesor! Usted es la estrella que elegimos y que llevaremos con orgullo en nuestro pecho. Gracias por tantas enseñanzas y por su legado
Descanse en paz, la Familia Pincha lo recordará eternamente pic.twitter.com/74D3Qpoj8V
— Estudiantes de La Plata (@EdelpOficial) December 8, 2020
https://twitter.com/LibertadoresBR/status/1336390999615152128?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1336390999615152128%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Ffutebol%2Ffutebol-internacional%2Fnoticia%2Fmorre-alejandro-sabella-tecnico-vice-campeao-do-mundo-pela-argentina.ghtml
https://twitter.com/Argentina/status/1336396790770376708?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1336396790770376708%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Ffutebol%2Ffutebol-internacional%2Fnoticia%2Fmorre-alejandro-sabella-tecnico-vice-campeao-do-mundo-pela-argentina.ghtml
Alejandro nasceu em Buenos Aires, em 1954, e chegou a cursar Direito, mas deixou a faculdade para se dedicar ao futebol e fez uma carreira de sucesso no River Plate, onde começou, em 1974. Era meio-campista ambidestro e passou também pelo Sheffield United e Leeds United, na Inglaterra, Estudiantes, Grêmio, Ferro Carril e encerrou a carreira de atleta no Irapuato, do México.
Sabella jogou no Tricolor gaúcho entre 1985 e 1986 e foi duas vezes campeão gaúcho. Fez 60 jogos com a camisa da equipe brasileira e marcou cinco gols. Pelas redes sociais, o Grêmio lamentou a morte do argentino.
https://twitter.com/Gremio/status/1336392992521916416?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1336392992521916416%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Ffutebol%2Ffutebol-internacional%2Fnoticia%2Fmorre-alejandro-sabella-tecnico-vice-campeao-do-mundo-pela-argentina.ghtml
A vida no futebol seguiu como assistente técnico do ex-companheiro de River Plate, Daniel Passarella. Juntos, ambos trabalharam no próprio Millonario, nas seleções argentina e uruguaia, Parma, Monterrey e o Corinthians, em 2005.
Mas Sabella se destacou mesmo como o técnico principal. E só teve dois trabalhos na carreira de treinador: o Estudiantes, entre 2009 e 2011, e a Argentina, entre 2011 e 2014. No clube, conquistou seus únicos títulos: a Libertadores de 2009, após ganhar a final em cima do Cruzeiro, e o Apertura de 2010.
https://twitter.com/DiarioOle/status/1336387881288540164?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1336387881288540164%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fgloboesporte.globo.com%2Ffutebol%2Ffutebol-internacional%2Fnoticia%2Fmorre-alejandro-sabella-tecnico-vice-campeao-do-mundo-pela-argentina.ghtml
Pela equipe de La Plata, Sabella quase foi campeão do Mundial de Clubes, em 2009. O Estudiantes vencia o Barcelona de Guardiola e Messi por 1 a 0 até os 44 minutos do segundo tempo, mas sofreu o empate e depois levou a virada na segunda etapa da prorrogação.
Alejandro Sabella foi o responsável por levar a geração de Messi e companhia ao seu maior êxito na seleção argentina. Em 2014, a Albiceleste perdeu no Maracanã a final da Copa do Mundo para a Alemanha por 1 a 0, na prorrogação.
Depois do Mundial, o treinador nunca mais voltou a trabalhar. Embora tenha recebido vários convites em 2014, Sabella viu sua saúde piorar a partir de 2015 e não conseguiu retornar ao trabalho no futebol.
Em 2018, enquanto tratava de sua cardiopatia, o ex-treinador também descobriu um câncer na laringe. Após curar a doença, Sabella deu uma entrevista ao jornal “Clarín” e resumiu o que foi sua vida.
– O dia a dia é muito exigente. Quando eu estava lutando para ver se seguia por aqui, com vocês, ou ia para o lado de lá, lembrei do que dizia aos meus alunos e aos meus jogadores: ‘Vocês não podem dar menos do que 100%’. E se eu pedia isso a eles, eu tinha que lutar para me manter com vida.
Fonte: GE
Créditos: GE