Bebeu da fonte dos “professores”, estudou, se formou, mas é original. A curta descrição fala sobre a nova geração de treinadores brasileiros que, agora, são figurinhas carimbadas no cenário esportivo brasileiro. A necessidade de renovação no mercado e a pequena oferta dos velhos medalhões fez os clubes apostarem na tendência. As novas figurinhas invadiram os maiores clubes do Brasil e, em geral, vêm realizando um bom trabalho. Agora é a vez do Treze testar o novo método. Maurílio Silva, ex-jogador, é um dos treinadores da safra atual que prometem uma renovação intensa e extensa nos clubes.
Com propostas de renovar as formas de jogo, os treinadores que fazem parte dessa chamada nova geração normalmente são peças que ainda não tiveram muito espaço nos clubes e possuem menos de 50 anos.
Alguns desconhecidos e questionados já provaram que podem fazer a diferença. Fábio Carille, ex-técnico do Corinthians, é prova disso. O treinador assumiu o cargo após a saída de Tite, multicampeão pelo clube paulista, e foi campeão paulista e brasileiro. Carile saiu do comando do Timão para o futebol árabe e, desde então, nem o time e nem os torcedores parecem bem com a ausência do velho novo professor.
Em Campina Grande, Maurílio Silva chega na sombra da conquista do acesso para a Série C do Brasileirão, conquistado pelo Treze sob o comando de Flávio Araújo. Maurílio já provou o sabor dos questionamentos da torcida. Antes mesmo de chegar à cidade, o novo treinador havia sido alvo de críticas dos torcedores alvinegros através das redes sociais do clube. Ao ser apresentado oficialmente, ele fez questão de amenizar a situação, falando sobre a sua formação, seu comprometimento e o objetivo de fazer o Galo voar alto.
Maurílio era atacante e trabalhou com nomes de peso do futebol brasileiro. Entre eles, Vanderlei Luxemburgo, um dos principais técnicos do Brasil. Maurílio trabalhou com o velho professor quando atuou nos anos de ouro do Palmeiras, na década de 90. A experiência de Luxemburgo ajudou a formar Maurílio. E o técnico do Treze fez questão de ressaltar que Luxa o ajudou, foi inspiração, mas que “Maurílio é Maurílio”.
– Trabalhar com Luxemburgo foi uma honra. Luxemburgo é um cara fantástico. Só tenho a elogiar o trabalho que aprendi com ele. É difícil falar em me espelhar em alguém. Quando eu parei (de atuar como jogador), eu pensei dessa forma. Pensei que teria que ser um treinador diferente, que teria dificuldade no começo para conquistar espaço, mas que logo chegaria a esses espaços. Então eu associei todas as situações, estudei, me reciclei. Tenho estudado diariamente para que as coisas possam ser diferentes. Aprendi muito com os outros treinadores, mas o Maurílio é o Maurílio – falou o treinador.
Prometendo uma nova roupagem no Galo, Maurílio precisa cumprir os objetivos da realização de um bom trabalho no clube para fortalecer o seu projeto pessoal de trilhar um caminho vitorioso como treinador.
– Eu tenho que regar essa marca “Maurílio” para que ela possa crescer, conquistar espaço e alcançar objetivos maiores. E um desses objetivos maiores é o Treze, onde estamos agora e espero fazer um grande trabalho. Conto com o apoio de todos os torcedores para que a gente possa ter um ano maravilhoso e consiga desde o início do ano fazer um bom trabalho para que o Treze comece bem e alcance os objetivos nas competições – ressaltou Maurílio.
Querendo jogar com a torcida como aliado, Maurílio deve comandar o Treze nas disputas do Campeonato Paraibano e da Série C do Campeonato Brasileiro.
Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Globo Esporte PB