A Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira, mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, no Barro Preto, e nos centros de treinamentos dos profissionais e das categorias de base: Toca da Raposa e Toquinha. Há também cumprimento de mandado nas residências do presidente Wagner Pires de Sá, de Itair Machado, vice-presidente de futebol, e Sérgio Nonato, diretor-geral do Cruzeiro.
A operação é realizada pela Divisão Especializada de Investigação a Fraudes da Polícia Civil. A corporação ainda não confirmou se a operação desta terça-feira tem ligação com as investigações que começaram no ano passado.
Na casa de Itair Machado, segundo apurou a reportagem, a Polícia Civil esteve com cinco membros da corporação por volta das 7h (de Brasília) desta terça. Eles já deixaram a residência do vice-presidente de futebol.
Também foram deslocadas viaturas para as residências de Wagner Pires de Sá, no bairro Luxemburgo, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e e em um dos endereços de Sérgio Nonato dos Reis, no bairro Carlos Prates, região Noroeste.
O atual bicampeão da Copa do Brasil é investigado por suspeita de operações irregulares. A dívida do clube chega a R$ 500 milhões. Em maio, a TV Globo teve acesso a documentos internos do clube que revelam transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes.
No fim de 2018, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar irregularidades no clube. O inquérito se baseia em um balancete contábil analítico, que demonstra pagamentos feitos pelo Cruzeiro no decorrer do ano passado, ao qual o Fantástico também teve acesso. A reportagem foi além e conseguiu quase 200 páginas de contratos e planilhas de controle interno. Há evidências de que a diretoria cruzeirense quebrou regras da Fifa e da CBF, no âmbito do futebol, e do governo federal, por meio do Profut, programa de renegociação de dívidas fiscais com clubes.
Fonte: Globo Esporte
Créditos: Polêmica Paraíba