É chegada a semana mais importante deste começo de ano do Flamengo. Pela frente, a estreia da Libertadores e um adversário que é tricampeão do torneio continental. Rival desta quarta-feira, o River Plate chega ao Rio trazendo o peso de sua camisa e de seu histórico, mas também o fardo de resultados muito abaixo da expectativa em 2018.
Confira como está o momento e pontos chaves da equipe comandada pelo técnico Marcelo Gallardo (um dos nomes mais vitoriosos da história do clube argentino) e mostra o que o grupo de Paulo César Carpegiani terá pela frente.
Falta de conexão e problemas na defesa
A mudança do estilo de jogo do River do ano passado para este vem sendo questionada na Argentina. Um dos problemas cruciais do time até aqui é a falta de conexão entre os setores.
Além disso, é apontada uma fragilidade no sistema defensivo, que vem sendo marcado por erros determinantes em 2018. Dos cinco jogos disputados esse ano pelo campeonato local, o River Plate não tomou gol em apenas uma ocasião.
– O treinador Gallardo ainda não encontrou o time ideal. Por isso vai mudando a formação titular nos jogos. Mas com certeza vai reservar os melhores para o jogo diante do Flamengo, sabendo que no Campeonato Argentino está praticamente fora de tudo – disse o jornalista Silvio Favale, que cobre o River pelo diário ”Olé”.
Por lá, laterais também preocupam
Os laterias do River são alvo constante de críticas justamente por darem muito espaço no setor defensivo. Na direita, Montiel chegou a perder a vaga para Mayada justamente por essas falhas. Na esquerda Saracchi também enfrentou problemas e deu lugar a Casco.
Fora de casa, a equipe também tem sofrido. São seis derrotas consecutivas na condição de visitante.
Qualidade individual é ponto forte
A qualidade individual de alguns nomes do plantel continua sendo um ponto forte deste River Plate. O atacante Scocco (que teve passagem pelo Internacional) viveu boa fase em 2017 – quando chegou a marcar cinco gols nas quartas de final do torneio. Agora, ele tem a companhia de Lucas Pratto no ataque.
O experiente Enzo Perez também segue como figura de destaque desde que retornou, no ano passado, do futebol europeu. Ele disputou a última Copa do Mundo pela Argentina. No entanto, a ausência do camisa 10 Gonzalo Martinez (machucado), conhecido Pity Martinez, é relevante. O meia atacante é titular no sistema do técnico do River.
Investimento alto ainda não surtiu efeito
O River investiu alto para os padrões recentes do futebol argentino. Para se ter uma ideia, foram 11,5 milhões de euros (R$44,4 milhões) somente na compra de Lucas Pratto com o São Paulo. Além do atacante, chegaram Armani, Quinteiro e Zuculini.
Dos novos rostos do River, o destaque positivo até agora tem sido o goleiro Armani, que veio do Atlético Nacional. Ele participou bem de dois jogos e ganhou a vaga de titular – superando o ex-jogador da seleção argentina, German Lux.
Pratto, por sua vez, ainda busca melhor encaixe no time. O ex-jogador do São Paulo e do Atlético Mineiro tem um gol marcado em cinco jogos e também vem recebendo críticas.
Derrotas e classificação ruim em 2018
O River Plate tem recebido duras críticas pelos resultados e atuações de 2018. A equipe ocupa a modesta 20ª colocação no Campeonato Argentino. Para piorar, está muito atrás do líder e arquirrival Boca Juniors
O time tem apenas duas vitórias nos últimos 14 jogos da competição e a sequência irregular já complica uma classificação para a Libertadores de 2019.
Desfalque de camisa 10 e provável time:
Para o duelo do Nilton Santos, Marcelo Gallardo não poderá contar com Gonzalo Martinez nem Ariel Rojas no setor ofensivo. Ambos estão lesionados. Outro desfalque é o meia Nacho Fernandez, que terá que cumprir suspensão – ele foi expulso na semifinal da Libertadores do ano passado, diante do Lanús.
Com isso, o time titular provável é formado por: Armani; Montiel (Mayada), Martínez Quarta, Maidana, Saracchi (Casco); Enzo Pérez, Leonardo Ponzio, Zuculini; Quintero; Scocco e Lucas Pratto.
Fonte: Redação
Créditos: Globo Esporte