O tribunal de Southwark, em Londres, considerou o ex-tenista Boris Becker culpado de acusações por supostamente omitir informações ao declarar falência em 2017. Ele teria cometido o crime para evitar o pagamento de uma dívida milionária de 3 milhões de libras, algo em torno de R$ 18 milhões.
Em julgamento nesta sexta-feira, a corte deu o parecer sobre 24 acusações contra o alemão. Do total, ele foi absolvido de 20 e declarado culpado por uma ocultação de propriedade, duas não divulgações de bens e uma ocultação de dívida.
Agora, o tribunal marcou para 29 de abril uma audiência em que será pronunciada sua sentença, que pode chegar a sete anos de prisão para cada um dos quatro crimes cometidos, ou seja, uma pena máxima de 28 anos.
O empréstimo que causou a dívida foi tomado no banco privado Arbuthnot Latham, da Inglaterra, onde reside desde 2012. Enquanto o valor era cobrado pelos banqueiros, o ex-tenista declarou seus bens, mas as autoridades suspeitaram que milhões em ativos haviam sido ocultados por ele, inclusive nove troféus.
Em sua defesa, o alemão alegou que cooperou com as autoridades, citando o ato de ter apresentado até a própria aliança de casamento. Também apontou que seus ganhos de US$ 50 milhões na carreira foram engolidos após o divórcio da sua primeira esposa Barbara Becker, além dos pagamentos de pensão alimentícia e compromissos caros por conta do seu “estilo de vida”.
Becker surgiu no tênis apenas 17 anos em 1985, quando se tornou o campeão mais jovem do torneio de Wimbledon. Um ano depois, venceu Ivan Lendl e garantiu o bicampeonato. Em 1989, ganhou o tradicional torneio inglês pela terceira vez.
Após uma carreira vitoriosa, seu último título de Grand Slam foi o Aberto da Austrália de 1996, antes de se aposentar três anos depois. Como treinador, entre 2013 e 2016, dirigiu Novak Djokovic, ajudando o sérvio a quebrar o domínio de Roger Federer e Rafael Nadal.
Fonte: IG
Créditos: Polêmica Paraíba