Maldade

Homens armados invadem alojamento de madrugada e expulsam jovens jogadores a pontapés

Mais uma confusão envolvendo o atual presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Luís Henrique Oliveira, foi registrada na madrugada desta terça-feira (12), quando cerca de 30 atletas, entre 16 e 23 anos, foram expulsos de seus alojamentos por ordem do dirigente.

 

Mais uma confusão envolvendo o atual presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Luís Henrique Oliveira, foi registrada na madrugada desta terça-feira (12), quando cerca de 30 atletas, entre 16 e 23 anos, foram expulsos de seus alojamentos por ordem do dirigente.

Por volta das 4h00, seguranças contratados por Luís Henrique chegaram pela rua Artur de Almeida, próximo ao Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) e invadiram os alojamentos. “Fomos acordados com lanternas na cara e homens gritando para a gente arrumar nossas coisas e deixar o local”, relata um dos jogadores, ainda assustado com o ocorrido.

Entre os atletas expulsos do clube, estão cinco menores de idade, sendo quatro de nacionalidade norte-americana, todos com 16 anos. De acordo com os jogadores, entre os seguranças contratados para fazer o “despejo”, dois estariam armados e se esconderam quando a GCM (Guarda Civil Municipal) foi chamada ao local.

Outros portavam spray de pimenta e ameaçaram usá-los caso os jogadores não deixassem o local. “Eles eram bastante agressivos e deixavam as armas à mostra, na cintura”, relata um dos garotos. Os jogadores norte-americanos, traumatizados com a situação, chegaram a ligar para os país, relatando o corrido e pedindo ajuda.

O CEO do clube, Wilson Matos, e presidente da empresa WMK Solutions, parceira do Mogi Mirim e que briga na Justiça para tirar Luís Henrique da presidência do clube, afirmou que já entrou em contato com a FPF (Federação Paulista de Futebol) e até com o Consulado Americano em São Paulo denunciando o corrido. “É uma coisa tão violenta, tão estranha, que precisamos denunciar às autoridades”, externou.

Tanto Wilson como Matos foram à CPJ (Central de Polícia Judiciária), por volta das 8h00, para registrar boletins de ocorrência. O atual presidente nega que tenha havido um despejo. ”Só trouxe alguns seguranças para controlar o acesso ao interior do clube”, justificou.
Ele disse que embora Wilson esteja se passando por vítima nesta situação, é ele (Luís Henrique) quem vem sofrendo ameaças. “Essa farsa vai ser esclarecida hoje, aqui, na Polícia”, disparou. Luís Henrique ainda acusa seguranças do clube de portarem foice, marreta e tacos de basebol para intimidá-los, embora esses objetos não tenham sido encontrados na sede do clube.

O presidente da torcida organizada Mancha Vermelha, Renê Couto, que trabalha com Wilson Matos como segurança do clube, disse que a invasão foi totalmente irregular. “Não existe despejo sem oficial de Justiça. Além disso, foi feita de madrugada, ainda escuro, com os meninos dormindo”, observou.

Ele lembra que eram entre cinco e sete homens e alguns deles portando armas de fogo. O segurança agradeceu os funcionários do Saae que forneceram café e pão aos garotos que até o início da manhã estavam na rua, em frente ao alojamento, esperando por alguma definição.

Fonte: Portal da Cidade
Créditos: Polêmica Paraíba