Os sorrisos na arquibancada da Arena diziam tudo. No rosto de André, de Jean Pyerre, do torcedor ao deixar o estádio mesmo sob um frio cortante. A vitória do Grêmio por por 2 a 0 sobre o Athletico, nesta quarta-feira, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, foi construída com uma autoridade que esquentou o coração dos gremistas.
Na memória, a lembrança do título de 2016 com uma vantagem igual nesta mesma fase – mas com vitória fora de casa sobre o Cruzeiro. Um passo firme rumo à nona final de Copa do Brasil.
O nível de desempenho gremista subiu justamente quando era mais necessário. Desde os primeiros minutos, a disposição era de pressionar e encurralar o rival. Foi feito à risca. Nas tentativas de saída curta dos pés de Santos, André, Jean Pyerre e Maicon fechavam cada centímetro possível. Babavam por uma roubada de bola.
O placar poderia ter sido mais elástico, tamanha a superioridade do Grêmio na partida. E, apesar do claro esforço do time, o domínio veio ao natural, sem resistência dos paranaenses.
Foram poucas as vezes do Furacão próximo da meta de Paulo Victor. Uma solidez vista na campanha do título de 2016, especialmente a partir da semi, quando o Tricolor bateu o Cruzeiro por 2 a 0 no Mineirão.
– Entre jogar bonito e ganhar, eu prefiro ganhar. Mas minha equipe joga bonito e ganha. É só você ver os jogos, o número de vitórias. É bom para dizer. O Grêmio está em três competições. É Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. Nesses momentos, o Grêmio cresce. O Grêmio voltou a jogar o futebol que encantou o Brasil – sorriu Renato.
A vitória foi construída já no primeiro tempo. Everton, após jogada individual, jogou a bola na pequena área, onde aparentemente não havia ninguém. Mas André surgiu como um raio, em movimento típico de centroavante, para antecipar e desviar a bola para o gol. O camisa 90 pode extravasar outra vez em um mata-mata ao iniciar a vitória, depois dos dois gols contra o Libertad, na Arena, pela Libertadores.
Na segunda etapa, Jean Pyerre viu o espaço deixado por Santos ao armar a barreira e cobrou falta justamente naquela brecha. O chute saiu rasante, por fora da barreira e sem chances para o goleiro.
O segundo gol de falta do meia fechou o placar por conta dos pés descalibrados dos gremistas no restante da partida. O próprio André, Alisson e Diego Tardelli poderiam ter dado vantagem ainda maior ao Grêmio. Tão acostumado a decidir, especialmente com Renato no comando, o time sobrou.
– O Grêmio é muito forte com todos os jogadores à disposição. Lógico que a gente vai tropeçar. Importante é que está nas três competições, vem crescendo no momento importante. Objetivo é conquistar pelo menos mais um título. É difícil, mas objetivo é esse – completou o treinador gremista.
Grêmio e Athletico voltam a se enfrentar no dia 4 de setembro, às 19h, na Arena da Baixada, para definir um dos finalistas da Copa do Brasil. O Tricolor pode até perder por 1 a 0, que garante a vaga na final.
Antes, o clube gaúcho respira o Palmeiras. Já no próximo sábado, às 21h, o Grêmio terá time reserva para receber o Palmeiras na Arena, pela 15ª rodada do Brasileirão. Depois, as próximas duas semanas reservam confrontos entre as duas equipes pelas quartas de final da Libertadores.
Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Polêmica Paraíba