Depois de uma passagem rápida pelo Marítimo e um retorno relâmpago ao Atlético-MG, André foi tentar a sorte no Figueirense em 2004. O começo teve os mesmos problemas do Palmeiras. “Nessa fase, eu tinha um monte de mulheres, mas, graças a Deus, não fiz mais filhos. Essa fase do Figueirense foi a pior porque eu já estava à beira da morte, na verdade. Eu já andava armado, já andava na favela, frequentava casa de traficante, vivia só doidão. E não jogava. Foram os piores momentos da minha existência”.
A mudança pessoal começou a ocorrer após a ajuda de um colega de Figueirense. O goleiro Gustavo (na foto ao lado, com André) decidiu que era o momento de André dar um basta na “vida loka” fora dos campos. Depois de muita insistência, conseguiu convencer o centroavante a conhecer a sua igreja.
“O Gustavo falou: ‘André, vamos na igreja comigo? Aí eu falei não: ‘Não vou, eu não gosto de crente, não. Não vou mexer com isso, não. Igreja, não’. E eu corri do Gustavo umas quatro, cinco vezes. Eu não queria ir para a igreja de jeito nenhum. Até que um dia o Gustavo falou: ‘Hoje você vai para a igreja comigo’. E eu falei: ‘então, vamos para a igreja'”.
“É onde começa a minha verdadeira história. Eu fui para a igreja e, chegando lá, o pastor falou: ‘Você aí’. Ele nunca tinha me visto na vida. Eu nunca tinha ido para a igreja. Ele continuou: ‘Vem pra frente que eu quero fazer uma oração pra você’. E o pastor colocou a mão na minha cabeça e, na hora que ele botou a mão na minha cabeça, eu caí no chão. Eu não vi mais nada e comecei a chorar. Parecia que tinha um negócio entrando no meu coração, me limpando, me purificando. E eu chorando, chorando. Mas era um choro de alegria, um choro de esperança, um choro de renovação”.
André Balada ainda teve um período de transição antes de ser batizado, em 2006, na Igreja Evangélica Quadrangular, de Uberlândia. Atualmente, o ex-jogador frequenta a Igreja Advec, em Natal, ligada à Assembleia de Deus, liderada pelo pastor Silas Malafaia.