Final da Libertadores 2021 pode ser no La Bombonera como homenagem à Maradona

A direção da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) já começou a preparar a agenda de visitas nas cidades e estádios candidatos a receberem as finais únicas da Libertadores e Sul-Americana, entre 2021 e 2023. A lista foi divulgada em maio, mas por causa da dificuldade de viagens em meio à pandemia, somente agora essas inspeções serão iniciadas.

Cinco estádios brasileiros se candidataram à sede das finais da Libertadores e sete para a Sul-Americana. Em recente reunião do seu Conselho, e depois em contato com as confederações, a cúpula da Conmebol informou que pretende definir os vencedores até meados de 2021.

As escolhas serão baseadas, segundo a Conmebol, em análises técnicas, ou seja, os estádios e cidades que estiverem em melhores condições, seja econômica e de logística, para receberem as partidas — a pandemia, principalmente em 2021, ainda pode influenciar nas definições.

Mas há, claro, lobby e negociações entre a cartolagem. O blog apurou algumas possibilidades que estão sendo cogitadas, claro, a depender das avaliações técnicas que serão realizadas nos países e arenas:

1 – A Argentina é favorita a receber a final única da Libertadores em 2021 e a morte de Diego Maradona, na semana passada, aumentou essa possibilidade. A Conmebol gostaria de usar a semana que envolve a partida para homenagear o ex-jogador já que será exatamente um ano depois de sua morte — a final será em 20 de novembro de 2021 (se não tiver surto de covid-19, claro).

Com isso, também, o estádio La Bombonera, do Boca Juniors, passa na frente de outros quatro argentinos nessa concorrência — também são candidatos o Monumental de Nuñez (do River Plate), o Libertadores de América (do Independiente), o El Cilindro (do Racing) e o Mario Kempes (este em Córdoba e que terá a final da Sul-Americana-2020, adiada para 23 de janeiro de 2021);

2 – Para a final da Libertadores-2022 o estádio favorito é o Centenário de Montevidéu. Tanto que os uruguaios só se candidataram para essa data específica, enquanto outras arenas e cidades colocaram seus nomes em mais de um ano e algumas tanto para a Libertadores quanto para a Sul-Americana;

3 – O Estádio Nacional do Chile, que teria a final única da Libertadores em 2019 mas que por causa dos protestos que assolaram o país no ano passado perdeu o confronto para Lima, no Peru, deve receber algum jogo, provavelmente da Sul-Americana;

4 – O Equador, que concorre com estádios em Quito e Guayaquil para finais das duas competições, é bem cotado a receber alguma partida. Já a Colômbia usou uma estratégia e se candidatou apenas para 2023, nas duas competições, e concorre com o Equador.

O Brasil terá a final única da Libertadores-2020 no Maracanã, adiada para 30 de janeiro de 2021 por causa da pandemia. O estádio no Rio concorre para a Sul-Americana de 2021 e de novo para as Libertadores de 2022 e 2023.

Em São Paulo, o Morumbi (do São Paulo) e a Neo Química Arena (do Corinthians) brigam pelas Libertadores 2021, 2022 e 2023, assim como a Arena da Baixada em Curitiba (do Athletico) e o Beira-Rio em Porto Alegre (do Inter).

Para a Sul-Americana o Brasil tem mais seis estádios, além do Maracanã: Castelão (Fortaleza), Mané Garrincha (Brasília), Arena Pernambuco (região metropolitana do Recife), Fonte Nova (Salvador), Arena da Baixada e Beira-Rio.

A aposta na Conmebol é que o Brasil terá entre 2021 e 2023 uma final da Sul-Americana e há quem aposte que o Mané Garrincha, em Brasília, receba essa partida em 2022 ou 2023.