A partir do dia 1º de agosto o nado sincronizado passa a se chamar natação artística. O novo nome foi aprovado pela Federação Internacional de Natação (FINA), mas a técnica da seleção brasileira, Maura Xavier, resaprova a escolha. E diz que a nomenclatura foge das características da modalidade.
Maura fala sério. Diz que não se trata apenas de nome, mas do conceito do esporte.
Eles tiraram o sincronizado do nome e colocaram natação artística. Isso dá uma entonação de que é uma coisa mais próxima de show. O nado sincronizado é um esporte que tem regras, que tem um grau de dificuldade muito grande.
Não queremos dizer que é apenas arte. Tiraram do nome da gente aquilo que nos caracterizava – lamentou Maura Xavier, que ministra uma clínica para atletas de João Pessoa.
A ideia da FINA é tentar popularizar a natação artística e também a compreensão das regras. Algumas mudanças, inclusive, foram feitas durante uma reunião da comissão técnica no final do Campeonato Mundial, em Budapeste, na Hungria.
Mais críticas
A supervisora da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Monica Rosas, é mais uma a fazer coro nas críticas contra a Fina. Para ela, o novo nome não traduz o que é a modalidade hoje em dia. Segundo a dirigente, o nado sinconizado passou muitos anos galgando um espaço como esporte olímpico e agora o esporte não deveria ser liminado a algo meramente artístico.
Acho que essa mudança foi imposta pelo Comitê Olímpico Internacional. Quem decidiu mudar esse nome não tem ideia do número de horas que as atletas treinam para chegar a um nível de excelência técnica. Eu vi no Campeonato Mundial que a comunidade internacional não concorda com esse nome – comentou Monica Rosas.
Fonte: Globo Esporte