Sha’Carri Richardson, corredora da equipe dos Estados Unidos dos 100 metros, testou positivo para maconha. Com isso, é improvável que ela tenha a chance de disputar o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, que começam no próximo dia 23. De acordo com uma fonte do caso, o resultado positivo veio na seletiva olímpica americana, que ocorreu entre os dias 18 e 27 de junho, em Eugene, no estado do Oregon.
O jornal jamaicano Gleaner foi o primeiro a dar a notícia na noite de quinta-feira. Richardson se colocou como forte candidata a conquistar uma medalha de ouro ao vencer a prova dos 100 metros com o tempo de 10s86, uma de suas cinco corridas abaixo dos 11 segundos nessa temporada.
Isso causaria a desclassificação da atleta da seletiva e, portanto, seus resultados seriam apagados. Uma outra fonte afirmou que Jenna Prandini, quarta colocada na prova, teria sido chamada para correr os 100 metros em Tóquio. Até o momento, nenhum órgão ou pessoa relacionada ao caso decidiu se pronunciar. Somente a própria Richardson fez um post misterioso no Twitter dizendo que “eu sou humana” e depois deu entrevista ao Today Show, da emissora americana NBC. “Eu sei o que fiz. Eu sei o que devo fazer. Eu ainda tomei essa decisão”, afirmou.
A maconha é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Porém, se os atletas provarem que a ingestão da substância não teve relação com sua performance esportiva, a punição é reduzida de quatro anos para três meses. Além disso, a suspensão pode cair para apenas um mês se o competidor em questão estiver disposto a passar por um programa de tratamento aprovado, junto com a organização nacional antidoping.
O tema começou a ser discutido nas redes sociais, causando argumentos a favor e contra a atleta. Enquanto alguns pensam que a corredora deveria se submeter às regras internacionais, outros defenderam Richardson, dizendo que a maconha é aprovada em mais de 19 estados americanos, incluindo o Oregon, onde aconteceu o doping. Ainda não existem provas de que a cannabis aumenta a performance dos atletas, apesar de ser uma substância proibida pelos órgãos responsáveis.
Em Tóquio, Richardson esperava ser a primeira mulher americana a vencer os 100 metros de uma Olimpíada desde Gail Devers, em Atlanta-1996. Em abril, a texana atingiu a marca de 10s72.
Para tentar manter a sua vaga nos Jogos, a corredora tem duas alternativas: recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que pode entender que a pena foi muito dura e reduzi-la ou até retirá-la, ou torcer para que uma punição de 30 dias a partir do momento da infração que a permita participar do revezamento 4×100 metros, marcado para o dia 6 de agosto. No entanto, ela precisaria ser selecionada pela equipe de atletismo dos Estados Unidos.
Fonte: Notícias ao Minuto
Créditos: Polêmica Paraíba