Flamengo tem um início de temporada atípico, com os titulares voltando ao time gradualmente. No entanto, a defesa vem tendo um desempenho impecável em 2018. Enquanto a parte ofensiva ainda oscila bons e maus momentos, o sistema defensivo está invicto. O Rubro-Negro não foi vazado nos cinco jogos na temporada.
Entra nome, sai nome, o Flamengo continua sem passar sustos defensivos. Exigência do técnico Paulo César Carpegiani, que começa a impor seu estilo na equipe rubro-negra. Um exemplo claro são os laterais, que têm ficado mais presos e priorizam a marcação. Algo que o ex-técnico Reinaldo Rueda até tentou implementar logo quando chegou ao clube, em agosto de 2017.
– Eu parto sempre do princípio que a equipe tem que ser segura. Os laterais têm que ter funcionamento, como tem que ser. Mesmo que eu tenha um lateral mais qualificado no apoio, a primeira função do lateral é a marcação. Muitas vezes uma escolha não satisfaz o torcedor. Isso forma a parte defensiva – avaliou Carpegiani.
– Bom trabalho de todos. Temos que encontrar o que o Carpegiani pediu. Números são importantes, assim como a forma que o time se comporta – disse Juan, que estreou em 2018 neste domingo.
Os números favorecem, mas os adversários do time até aqui não foram lá de muito peso, com exceção do Vasco. Volta Redonda , Cabofriense e Nova Iguaçu terminaram nas três últimas colocações do Grupo B da Taça Guanabara.
Nova formação
Com os laterais mais presos, Carpegiani se deu ao luxo de escalar apenas um volante contra o Nova Iguaçu. Com Cuéllar na retaguarda, Lucas Paquetá, Diego, Éverton Ribeiro e Everton formaram uma linha de quatro à frente, no 4-1-4-1. Esquema que pode ser levado adiante na temporada.
– Mesmo jogando com um volante, não sofremos sustos. Sempre foi uma equipe muito segura. Isso é fruto das escolhas, e mérito da parte defensiva, do meio de campo e do trabalho coletivo da equipe – frisou Carpegiani.
Trocas de nomes
Na Taça Guanabara, Carpegiani usou seis zagueiros e quatro duplas de zaga diferentes. Os jovens Léo Duarte, Thuler, Patrick e Mateus Dantas tiveram oportunidades, Rhodolfo participou dos últimos dois jogos, e Juan reapareceu neste domingo. A expectativa é que o capitão Réver volte na semifinal contra o Botafogo.
Ataque longe do ideal
A zaga, porém, sempre foi o porto seguro do Flamengo, que ainda vem se mostrando discreto no ataque – cinco gols em cinco jogos. A média de um gol por jogo é baixa, especialmente diante da fragilidade de quase todos adversários. Contra o Vasco, por exemplo, o sistema ofensivo foi muito mal. Diante do Nova Iguaçu, apesar das chances criadas no primeiro tempo, quem resolveu foi o zagueiro Rhodolfo, com um gol nos acréscimos.
Fonte: Globo Esporte
Créditos: Globo Esporte