Emerson Fittipaldi é candidato a uma vaga no Senado da Itália pelo partido de extrema direita Fratelli d’Italia. De acordo com o jornal italiano Il Giornale, o bicampeão da Fórmula 1 aceitou concorrer a uma vaga nas eleições parlamentares de setembro na última quinta-feira, após um longo telefonema com Giorgia Meloni, a polêmica líder da legendam que já se declarou admiradora de Benito Mussolini, ex-ditador e uma das figuras-chave na criação do fascismo.
Brasileiro de nascimento, Emerson tem sangue italiano por parte de pai e, também segundo a publicação, recebeu o apoio do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O ex-piloto de Lotus e McLaren vai apoiar o candidato à reeleição na Câmara, Luis Roberto Lorenzato, da Liga.
Segundo o Il Giornale, se eleito, o ex-piloto de 76 anos pretende realizar um projeto na área esportiva, com a admissão imediata de atletas nativos, sem barreiras, em todos os campeonatos esportivos para acelerar o processo de reconhecimento de cidadania desses atletas.
A família paterna de Fittipaldi é originária da região de Trecchina, na província de Potenza, em Basilicata. Pai de sete filhos, Emerson busca defender o direito de sangue à cidadania italiana, que entende ameaçado por governos de esquerda.
O ex-competidor da F1 e da Indy quer, também, introduzir o reconhecimento automático dos diplomas de ítalo-brasileiros e sul-americanos na Itália, assinar um acordo de reciprocidade para ordens de categoria como advogados e jornalistas e criar uma Universidade Internacional Italiana para receber pessoas de todo o mundo.
“Estou muito feliz por concorrer ao Senado italiano nas eleições de 25 de setembro. Já coloquei no papel várias propostas e todas elas visam promover ações relacionadas aos brasileiros que têm fortes laços com as terras, a cultura e o esporte italianos”, disse Fittipaldi ao Il Giornale. “Espero ter o apoio dos eleitores do Brasil e da América Latina, mas também dos que moram na Itália, e dos italianos que sempre foram meus apoiadores”, seguiu.
No Brasil, Fittipaldi teve, em junho, bens penhorados por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo por conta de dívida de R$ 416 mil com empresa de eventos. Emerson é alvo de mais de 60 ações judiciais no Tribunal de Justiça de São Paulo, com dívidas que ultrapassam a casa dos R$ 27 milhões, e esconde seus bens para que não as quite, como o modelo da Copersucar Fittipaldi de 1976 que correu na F1 e foi restaurado em 2019.
Fonte: Grande Prêmio
Créditos: Polêmica Paraíba